Índice de Popularidade Digital

Contagem: Marília Campos é a candidata com mais força nas redes, aponta IPD

A ex-prefeita desponta, em um escala de 0 a 100, com 77,1 pontos, enquanto o segundo colocado, Doutor Wellington (Republicanos), soma 49,2

Por Franco Malheiro
Publicado em 30 de setembro de 2020 | 09:00
 
 
 
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Em uma eleição com 16 candidatos a prefeito, a deputada estadual e ex-prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), é o nome mais popular nas redes sociais a disputar, neste ano, o Executivo da cidade da região metropolitana. É o que aponta o Índice de Popularidade Digital (IPD) feito pela consultoria Quaest. 

A empresa analisa Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipedia e Google para calcular o desempenho digital de personalidades e marcas considerando 153 variáveis. Nestas eleições, O TEMPO, em parceria com a Quaest, vai divulgar o ranking de IPD dos candidatos de BH e de cidades da região metropolitana (Betim, Contagem, Nova Lima e Ribeirão das Neves). 

Um pouco diferente do cenário da capital e de Betim, a eleição em Contagem não terá candidato à reeleição, uma vez que Alex de Freitas (PSDB) desistiu da candidatura. No entanto, semelhante às duas cidades já analisadas, em Contagem a candidatura que lidera em IPD é a de quem teve maior visibilidade nos últimos anos.

No caso de Marília, a ex-prefeita – duas vezes à frente do Executivo – desponta, em um escala de 0 a 100, com 77,1 pontos, enquanto o segundo colocado, Doutor Wellington (Republicanos), soma 49,2.

 

 

O IPD é dividido em quatro dimensões (Fama, Engajamento, Valência e Mobilização), e o sucesso de determinado candidato em cada uma explica a pontuação no índice final. A ex-prefeita venceu os demais candidatos em duas das quatro dimensões analisadas, se destacando como a candidata com maior fama nas redes sociais, ou seja, maior número de seguidores e também que mais engaja, superando os outros em curtidas e comentários em suas páginas.

Marília perde em valência (número de comentários positivos) para Doutor Wellington e em mobilização (número de compartilhamentos), para Lindomar Gomes.

“Um pouco parecido com o cenário de BH e Betim, o líder não é o candidato com maior número de comentários positivos nem o que mais gera compartilhamentos”, ressalta Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da UFMG.

“Mas a Marília tem 20 vezes mais seguidores que o segundo colocado no Facebook. Ela também é quem mais engaja o eleitorado. Veja um exemplo: enquanto ela tem média de 19 mil likes nos posts do Facebook, o também deputado estadual, Professor Irineu, tem uns 3.500 likes por semana”, explica.

 

 

Tendência de volatilidade na segunda posição

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, Contagem mostra maior tendência de volatilidade no ranking de IPD, principalmente na disputa pelo segundo lugar. Do segundo ao quinto colocado (veja quadro abaixo), a diferença no índice é pequena. 

Sem candidato à reeleição, Marília assumiu esse lugar de candidata mais conhecida. Mas para o segundo lugar, a disputa pela popularidade digital ainda está bem aberta”, frisou. 

O professor chamou atenção ainda para o fato de três dos cinco mais bem colocados serem estreantes na disputa, enquanto nomes mais antigos na política local terem desempenho pior.

“Temos Felipe Saliba que tem apoio do Ademir Lucas, ex-prefeito, e o Felipe está em décimo lugar. O próprio Ivayr, vereador e que foi secretário do atual prefeito, está em sétimo lugar”, concluiu.

O Índice

Para calcular o IPD, a Quaest considera dados como número de seguidores, comentários por postagem, compartilhamentos e as reações positivas ou negativas.

Um modelo estatístico pondera e calcula a importância de cada dimensão. Os personagens analisados são, então, colocados em uma escala de 0 a 100, e o índice final é montado para os candidatos

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