Cultura

Eleições em BH: João Vítor quer estimular uso de espaços públicos para eventos

Candidato do Cidadania afirma que é possível que parques e praças sejam utilizados pela iniciativa privada para realizar eventos culturais, gastronômicos, musicais e esportivos

Por Sávio Gabriel
Publicado em 27 de outubro de 2020 | 17:00
 
 
 
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Em uma eventual gestão sua à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), que está na disputa pelo comando da capital, pretende estimular o uso de espaços públicos, como parques e praças, para a realização de eventos na cidade. Esse é um dos pontos defendidos pelo postulante para fomentar o cenário cultural do município.

A ideia é fazer uso de editais para que os espaços públicos possam ser utilizados pelos interessados. “Você (viabiliza essa questão) editais públicos para que os empreendedores privados possam fazer seus eventos, abre os espaços públicos através de edital com chamamento, e os empreendedores privados se habilitam para utilizar esses espaços”, explica João Vítor, reforçando que caberá ao agente privado arcar com os custos e a estrutura necessária para a realização dos eventos.

O candidato do Cidadania avalia que a cultura é um dos grandes potenciais da capital. Citando o fato de que a região metropolitana concentra uma grande quantidade de moradores, ele argumenta que é preciso desenvolver as potencialidades do município. “BH tem o privilégio de ser uma capital de um Estado com muita gente, (de ter) uma região metropolitana com algumas milhões de pessoas, e precisamos aproveitar esse potencial (para atrair o público)”.

Outro fato que, na avaliação do candidato, conta a favor da capital mineira é a proximidade com os grandes centros do país. “Temos a maior parte do PIB do Brasil a uma distância de 1h20, 1h30 de avião de BH. Somos uma cidade hospitaleira, que tem uma comida maravilhosa e uma cultura extraordinária. Temos uma música incrível e tradições, como nossos mercados e bares, além da nossa música”, explica o postulante.

Nesse cenário, João Vítor propõe, entre outros pontos, a requalificação do polo da moda. Ele conta que teve uma reunião recente com o setor, que falou da força que o segmento já teve no passado. “Os números que me apresentaram falam de 6 a 7 mil empregos nessa área (no passado), e que essas vagas caíram 10% do que já foi”.

A saída para o setor, defende João Vítor, passará por mudanças do ponto de vista tributário em um eventual governo seu. “O que me apresentaram é que o (setor) precisa enfrentar o problema da disputa tributária, que acaba sendo ruim. Então, essa questão já seria um dos primeiros passos para incentivar o polo da moda e a retomada da pujança do setor”.

João Vítor também quer revitalizar polo gastronômico
O candidato também propõe a revitalização do polo gastronômico do Santa Tereza, na região Leste da capital. “Aquilo ali é uma pérola de Belo Horizonte que infelizmente está abandonada, largada de maneira muito triste”, diz, citando que a iniciativa também contempla outros bairros da região, como o Floresta. “Você tem a Rua Sapucaí, que é um dos lugares mais bonitos de BH, ou era pra ser, e está absolutamente abandonado”.

O parlamentar compara Santa Tereza a outras localidades, como a Lapa, na cidade do Rio de Janeiro, e a Vila Mariana, tradicional região boêmia paulistana. “Um lugar de shows, alegria, bares, eventos de entretenimento. Ali tem muito da cultura de Belo Horizonte e infelizmente vemos muito pouco sendo feito pela região”.

Assim como em outras áreas, João Vítor defende que essa revitalização aconteça por meio da atração de investimentos privados. “Temos que fazer a iniciativa privada voltar a ter pujança nessa cidade. As pessoas (têm que) voltar a acreditar, investir em bares, restaurantes, na gastronomia. Temos que chamar o empreendedor dessa cidade para voltar a acreditar e a investir nela”, diz, afirmando que o papel de sua eventual gestão será o de fomento e de incentivo. “Quem tem que fazer o processo é a prefeitura, mas não como ação finalística. Essa ação finalística tem que ser da iniciativa privada”.

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