A Justiça Eleitoral acatou o pedido da coligação do candidato à reeleição e prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e determinou nesta segunda-feira (26) a suspensão da propaganda do Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), que também está na disputa. O argumento é de que a peça, veiculada no último sábado (24), foi ao ar sem a legenda “Propaganda Eleitoral Gratuita”, como prevê a lei.
Na propaganda em questão, o deputado utiliza o trecho de uma entrevista concedida pelo prefeito em que ele fala sobre igrejas. “Começa a me chamar pra igreja. Eu falo não. Eu gosto é de bar, de uísque. É isso que eu gosto. Não me chama para a igreja não porque igreja é um saco. Que igreja é um saco”, diz o prefeito no trecho da propaganda de Wendel, que afirma: “Nós cristãos devemos nos posicionar para termos um governo justo. Eu sou professor Wendel. Conheça minha história.”
No pedido, a coligação do atual prefeito da capital afirma que a peça em questão viola as normas eleitorais ao não trazer a legenda “Propaganda Eleitoral Gratuita”. Argumenta também que a demora na suspensão pode possibilitar “novas exibições com infração à disciplina normativa”.
A Justiça acatou o argumento e determinou a suspensão imediata da propaganda. No entanto, foi facultado ao adversário de Kalil substituir as inserções por outras que respeitem a regra prevista na legislação eleitoral.
Procurado, o Professor Wendel informou, por meio de sua assessoria, que comprovará à Justiça "que a propaganda preenche todos os requisitos legais".
Além disso, ele afirmou que "as ações demonstram, por si, o inconformismo do Kalil com as matérias que veiculam notícias de seu passado, demonstrando seu caráter autoritário e antidemocrático".