Covid-19
Eleições em BH: Kalil não acredita em necessidade de compra de vacina pela PBH
Atual prefeito e candidato à reeleição, ele é favorável à obrigatoriedade da vacinação e acha que, mesmo com polêmica, Ministério da Saúde não deixará de distribuir vacinas que tiverem comprovação científica
28/10/20 - 15h30
Atual prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD) disse nesta quarta-feira (28) não acreditar em um cenário em que a Prefeitura de Belo Horizonte tenha que comprar vacinas contra o novo coronavírus caso elas não sejam distribuídas pelo governo federal ou estadual. Na opinião dele, o Ministério da Saúde não vai deixar de distribuir vacinas que forem aprovadas.
Na última semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou um protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, que no Brasil será fabricada pelo Instituto Butantan.
Porém, após o anúncio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que por decisão dele o governo federal não comprará a vacina Sinovac porque, na visão do presidente, ela não transmite segurança suficiente para a população.
Nesta quarta-feira (28), Alexandre Kalil deu a entender que a vacina que tiver a qualidade comprovada cientificamente e pelos órgãos regulatórios será disponibilizada pelo Ministério da Saúde à população.
Para ele, cumpridas essas condições, não há possibilidade do governo federal ou estadual deixarem de distribuir as doses.
“Isso não há a menor possibilidade. Isso é um delírio. A vacina sendo eficaz, a vacina dando segurança, se a vacina for uma boa vacina, a vacina vai chegar no Brasil através do Ministério da Vacina (da Saúde). Nós temos instituto, exclusivamente, para vacinação da população brasileira”, disse Kalil.
Para o atual prefeito de Belo Horizonte, também não há chance das prefeituras terem que comprar doses das vacinas porque nem todas teriam capacidade financeira para isso.
“Você falar que um município, tá bom, Belo Horizonte tem uma condiçãozinha mais equilibrada, você vai mandar Governador Valadares, Montes Claros, Matipó, Igarapé, Raposos, comprar vacina?”, questionou Kalil.
Em reportagem publicada pelo jornal O GLOBO na semana passada, o candidato à reeleição disse que é favorável à obrigatoriedade da vacina e que cogita instituir a vacinação como pré-requisito para matrículas escolares, participação em concursos públicos e acesso à benefícios sociais.
“Essa é uma questão superada desde Catarina, a Grande, na Rússia. Esse assunto já era velho na Revolta da Vacina. Se a ciência nos apresentar uma vacina segura e eficaz, ela deve ser aplicada”, disse Kalil ao jornal do Rio de Janeiro.