Segurança

Eleições em BH: Wanderson Rocha tem como bandeira partidária o fim da PM

Candidato do PSTU acredita também que ações de Educação, Moradia e Emprego precisam vir antes da repressão como política de Segurança Pública

Por Carlos Amaral
Publicado em 20 de outubro de 2020 | 18:51
 
 
 
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O candidato Wanderson Rocha (PSTU) afirmou nesta terça-feira (20) que a Guarda Municipal de Belo Horizonte não cumpre atualmente sua função original. Segundo o candidato socialista, caso seja eleito, ele vai retomar o papel de segurança patrimonial da corporação municipal. Ele defende também que antes da opressão policial, a Segurança Pública precisa ser tratada com ações de Educação, Moradia e Emprego.

Como plataforma partidária, Rocha prega o fim da Polícia Militar, mesmo ela sendo uma atribuição do Estado. “Algumas posições a gente quer trazer na campanha municipal como oportunidade de debate. Que polícia é essa que nós temos? Quem mora na periferia acaba ficando entre o tráfico e a milícia e do outro lado a polícia, igualmente opressiva, que entra atirando e olha a identidade depois. Chega de hipocrisia, os dados são reais no Brasil, negros são oito de cada 10 mortos pela polícia", destacou o candidato.

Como alternativa à desmilitarização, o candidato do PSTU propõe uma polícia civil que, além de concursada, seja eleita, fiscalizada e controlada pelo próprio povo. “Não é que a gente quer sair armando todo mundo por aí. O que defendemos é o controle da segurança pela população. Diferente da PM que dá tratamento diferente pro rico e pra quem mora na periferia, acreditamos que o correto é uma auto-organização da população na questão da segurança”, afirmou Wanderson.

Outra bandeira nacional do partido de Wanderson é a legalização das drogas. Na visão do PSTU, após a liberação do uso de entorpecentes, o controle da venda deve ser colocado na mão do Estado, o que acabaria com o narcotráfico. Mas ele enfatiza que a questão tem que ser vista na esfera da saúde pública. “Nós entendemos, como no caso de alguns moradores de rua, que é preciso desenvolver políticas de saúde pública sobre o uso problemático do álcool e outras drogas. A pessoa já passa por tantos problemas que levaram ela para a situação de rua, que acaba se entregando à bebida e outros tipos de drogas”, lembrou o candidato.

 

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