Contagem

Felipe Saliba critica aliança entre Marília Campos e o Dr. Wellington

Candidato do DEM na disputa pela Prefeitura de Contagem, ele disse que a movimentação política foi feita para a manutenção do poder na cidade

Por Sávio Gabriel
Publicado em 20 de novembro de 2020 | 18:33
 
 
 
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O advogado Felipe Saliba (DEM), que está na disputa pela Prefeitura de Contagem, criticou a aliança realizada entre sua adversária, Marília Campos (PT) e o Dr. Wellington Ortopedista (Republicanos), oficializada nesta sexta-feira (20). Ele disse que a movimentação política foi feita com o objetivo de “manutenção do poder” na cidade e que não levou em consideração a necessidade dos eleitores.

“Não me preocupa esse tipo de aliança, até porque isso demonstra que a aliança é tão somente feita para a manutenção do jogo de poder que esses políticos que estão à frente da prefeitura e desses outros que já estiveram, buscam”, disse, reforçando que o apoio do Dr. Wellington a Marília Campos é uma “aliança de poder, não preocupada com a população”.

Saliba ainda pontuou as diferenças políticas entre as duas candidaturas e deu a entender que o acordo aconteceu em troca de cargos e espaço político. “Os ideais que foram buscados pelo candidato derrotado nas urnas e o da minha adversária são totalmente divergentes, mas fazem acordo político porque têm espaço, em troca de cargo e espaço político”.

Sobre as declarações feitas pelo Dr. Wellington, que o classificou como ‘novo novato’ e afirmou que ele não tem experiência política para administrar a cidade, Saliba afirmou que está preparado para comandar o município. “Embora eu não tenha currículo político, tenho currículo profissional. Essa questão de ser antigo na política é algo que eu abomino, que quero acabar na cidade. Precisamos ter político com responsabilidade”, disse, afirmando que “político não é profissão, mas um cargo que a pessoa ocupa para servir a cidade”.

“Inclusive, vários desses políticos estão precisando deixar a política e ir trabalhar para poder entender como é difícil empreender, como a iniciativa privada é difícil. Mas nos traz muito orgulho e experiência”, reforçou.

 

Antipetismo

Para conquistar os votos do Dr. Wellington, Saliba argumenta que quem votou no Republicanos no primeiro turno não vota no PT. “Os eleitores que votaram nele não queriam votar na minha adversária. Isso é claro: as ruas e as urnas mostraram. Então, esses eleitores estão em busca de algo diferente do que esse retrocesso que foi esse partido político”, disse, sinalizando uma estratégia de discurso que deve passar pelo antipetismo.

“Nossa preocupação sempre foram os eleitores de Contagem de uma forma geral. Quem votou no Wellington não quer votar na candidatura do PT. Nossa preocupação é continuar com nossas propostas, continuar demonstrando que vamos vir para reconstruir a cidade e não fazer dela um balcão de negócios, como foi feito nas últimas eleições”.

 

Aliança não envolve negociação de cargos, diz Marília

Marília Campos rebateu as críticas feitas pelo seu adversário e disse que não houve negociação de cargos durante as alianças feitas ao longo do segundo turno. “A minha postura não envolve, em nenhum momento, em nenhuma dessas articulações, negociação de qualquer ocupação de espaço no Poder Executivo”, disse, afirmando que a composição da sua equipe, caso seja eleita, acontecerá em um segundo momento.

A petista reforçou que o compromisso assumido é o de que quem ganha junto governa junto. “Como será esse ‘governar juntos’ é um momento posterior do debate. Então, não existe aqui um comércio, um balcão. Existe uma aliança em prol da cidade e do povo de Contagem, (de discutir) o que é melhor para a cidade”.

Ela ainda reforçou que as alianças são feitas com o objetivo de ampliar sua votação e de garantir a interlocução com as esferas estadual e federal. “Primeiro, faço aliança porque quero ampliar minha votação e a confiança da população em relação ao programa que eu defendo”, disse, enfatizando que a aliança junto ao Dr. Wellington e ao Republicanos faz com que sua candidatura esteja presente no segmento formado por evangélicos, considerado importante para a petista.

“A vinda do Republicanos (para a campanha) aconteceu porque, primeiro, acreditam que sou melhor. Segundo, porque estou sintonizada com o projeto deles de promover inclusão social. E terceiro porque é uma aliança onde aumenta a minha capacidade de interlocução com o governo federal e do Estado, tendo esses aliados”, explicou.

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