Calendário escolar
Kalil diz que escolas estão prontas para volta às aulas em janeiro
“Quem sabe disso não sou eu, é o vírus", disse, ao ser questionado sobre data precisa
21/10/20 - 16h20
Ao comentar o planejamento educacional para 2021, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse nesta quarta-feira (21) que a Prefeitura de Belo Horizonte está preparada para que as aulas da rede municipal sejam retomadas em janeiro.
Questionado por uma data mais específica, Kalil respondeu que “quem sabe disso não sou eu, é o vírus”. Nas últimas semanas, ele tem pedido constantemente que as regras de reabertura do comércio sejam respeitadas para que Belo Horizonte não enfrente uma segunda onda no Natal.
Kalil deu mais detalhes sobre a proposta pedagógica de juntar dois anos letivos em um caso seja reeleito. Ele explicou que a ideia é aumentar o ritmo das aulas e passar mais conteúdos para os alunos.
“Nós vamos tentar forçar a aula da escola fundamental. E aí vai ter gente que não vai poder acompanhar. Aí vai dar (aulas de) reforço”, disse. “É o que nós achamos de melhor. Mas se tiver ideia melhor, ela (a secretária Ângela Dalben) está até aí, pode passar para ela que a gente aceita. Já estamos com as escolas todas preparadas para receber os alunos, se Deus quiser, em janeiro”, afirmou.
Kalil também garantiu que a Prefeitura de Belo Horizonte continuará distribuindo cestas básicas para as famílias das crianças matriculadas na rede municipal de ensino enquanto as aulas estiverem suspensas por causa da pandemia.
“Alimentação de criança é a coisa mais importante que existe no universo. Não existe nada mais importante do que alimentar uma criança. É o que eu disse e repito: pode faltar luz na prefeitura, mas criança com fome no meu governo não vai ter”, afirmou.
Proposta para os próximos quatro anos
Continuar fazendo o que está sendo feito. Essa é a proposta do atual prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Alexandre Kalil, para a educação infantil nos próximos quatro anos caso ele seja reeleito.
Ele se reuniu nesta quarta-feira (21) com representantes de creches parceiras da Prefeitura de Belo Horizonte, que entregaram uma carta de apoio à sua candidatura. O documento foi assinado por diretores e coordenadores de 170 das cerca de 200 creches conveniadas.
Como tem sido praxe nas agendas de campanha do atual prefeito, o secretário municipal ligado ao tema do encontro também compareceu. Nesta quarta-feira, foi a vez da secretária de Educação, Ângela Dalben. Além dela, estiveram presentes o candidato a vice, Fuad Noman (PSD), e a primeira-dama, Ana Laender.
Segundo Kalil, quando assumiu em 2017, havia uma fila de 19 mil crianças esperando para entrar na rede municipal de ensino. Agora, esse número caiu, de acordo com ele, para 2 mil crianças: 238 delas na faixa etária de 2 anos e o restante de 0 a 1 ano e 11 meses.
A estratégia adotada pela atual administração é de universalizar o acesso “de cima para baixo”.
“Com um pouco de esforço, nós universalizamos (o atendimento a alunos de) 5,4 e 3 anos”, disse o candidato à reeleição, destacando que 276 salas de aula foram criadas no ensino fundamental.
“Nós colocamos 17 mil alunos para dentro das escolas em três anos. Nós reformamos 211 creches. Estamos conveniando mais nove”, completou Kalil, após ser perguntado o que a administração dele fez para a educação pública.
Ele também deu a entender que o resultado de Belo Horizonte no Ideb 2019 - as séries iniciais caíram de 6,3 para 6,0 e as séries finais de 4,9 para 4,7 - está relacionado ao número de crianças que foram incluídas nas escolas. “Colocar 17 mil crianças para dentro da sala de aula em três anos não é brincadeira”, afirmou Kalil.
Em outras ocasiões, o atual prefeito disse que houve problemas na aplicação das provas em cerca de 40 escolas, que “puxam a nota do Ideb para cima”.
Kalil também criticou concorrentes que apresentam como proposta a construção de mais Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis).
“Quando falam que vão construir Emeis, é pra por quem lá dentro? Já está universalizado. Já estão todos dentro. 'Ah, eles brigam na Justiça para sair da (Emei do) Timbiras e entrar em outra'. Mas vaga não falta não”, disse o candidato à reeleição.