Eleição em BH

Veja quanto arrecadaram e gastaram até agora os candidatos à Prefeitura de BH

Kalil e João Vítor lideram as maiores arrecadações. De acordo com dados atualizados na noite de domingo (25), oito candidatos não haviam informado ao TRE-MG gastos com a campanha eleitoral

Por Marcelo da Fonseca
Publicado em 26 de outubro de 2020 | 06:00
 
 
 
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Quase um mês após o início da campanha eleitoral, mais da metade dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte ainda não apresentaram à Justiça Eleitoral a prestação sobre os gastos das últimas semanas.

Após um mês de campanha, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e o deputado João Vítor Xavier (Cidadania) são os que mais arrecadaram verbas até agora. 

Entre os 15 concorrentes, oito ainda estão sem registrar nenhum gasto desde que começaram a busca por votos para assumir o Executivo municipal. Dois deles sequer prestaram contas sobre as receitas arrecadadas até agora para suas campanhas. 

De acordo com a legislação, as chapas tinham até ontem para apresentar a declaração parcial de seus gastos, ou seja, para a maioria dos concorrentes, a obrigação de transparência ficou para última hora. A reportagem conferiu, na noite de ontem, as despesas e receitas lançadas no site do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). 

 

 

Não haviam apresentado nenhum gasto os candidatos Bruno Engler (PRTB), Cabo Xavier (PMB), Fabiano Cazeca (Pros), Lafayette Andrada (Republicanos), Luísa Barreto (PSDB), Marília Domingues (PCO), Nilmário Miranda (PT) e Wanderson Rocha (PSTU). 

O prefeito Alexandre Kalil (PSD), que busca a reeleição, foi o que mais arrecadou para a campanha até agora. Ele registrou R$ 4,8 milhões de receitas, sendo R$ 3,7 milhões do fundo especial e R$ 1,15 milhão do fundo partidário. 

Até a última sexta-feira, Kalil tinha gastado R$ 997 mil em sua campanha. Ontem, o site do TRE-MG não apresentou o detalhamento dos gastos de Kalil, uma vez que eles estavam sendo atualizados.

Em seguida, o segundo que mais arrecadou é João Vítor Xavier, que tem receita de R$ 1,65 milhão, sendo R$ 900 mil por meio do fundo especial. O candidato do Cidadania já gastou R$ 2,4 milhões, valor maior do que o dobro do que arrecadou até agora. 

Nilmário Miranda, do PT, arrecadou R$ 1,1 milhão, valor integralmente repassado pelo diretório nacional do PT via fundo especial. Ele ainda não declarou nenhum gasto com sua campanha, de acordo com o site do TRE-MG. 

Já Rodrigo Paiva, do Novo, registrou até agora receita de R$ 1,4 milhão. Ele já gastou R$ 1 milhão com suas despesas. O Novo tem como política não usar recursos dos fundos partidários e eleitorais, por isso a campanha conta com doações de pessoas físicas e com financiamento coletivo. 

Candidata do PSOL, Áurea Carolina foi a terceira que mais arrecadou até agora na corrida pela PBH. Ela registrou R$ 1,4 milhão de receitas. Até sexta-feira, a candidata tinha registrado despesas de R$ 818 mil. 

Apoio de rival 

Entre os que menos arrecadaram até agora está o candidato Cabo Xavier, que declarou ter R$ 20 mil de receita para sua campanha. Curiosamente, o valor integral foi doado por um dos adversários na disputa pela PBH, o também candidato Fabiano Cazeca. Segundo Xavier, a doação foi um acordo de ajuda de dois candidatos que não são inimigos e disputam a eleição “para mudar conceitos ortodoxos da política”. 

Xavier não declarou nenhum gasto até agora. Já Cazeca reservou recursos do próprio bolso para suas receitas de campanha, no valor de R$ 900 mil. Até agora ele também não declarou nenhum gasto.

Outros sete concorrentes não registraram gastos.  De acordo com o TRE-MG, até o momento o candidato do PRTB, deputado Bruno Engler, foi o único que ainda não apresentou nenhum recurso arrecadado para sua campanha, mesmo com um mês de campanha eleitoral.

 

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