Os gritos de “zika” entoados pela torcida presente no Mineirão na noite desta quarta-feira no Mineirão dividiram as atenções com o futebol apresentado pelas atletas de Estados Unidos e Nova Zelândia. Foi a forma encontrada pelo público mineiro para provocar a goleira norte-americana Hope Solo, que, antes da disputa dos Jogos Olímpicos, postou em redes sociais uma foto com uma máscara, dizendo que estava pronta para enfrentar a zika no Brasil.

Em sua entrevista coletiva, a treinadora da seleção norte-americana, Jill Ellis, lamentou as vaias.

“Isso é algo que tem de ficar para trás. A Hope já se desculpou. Mas estamos acostumadas a ser vaiadas em outros países. Espero que a torcida brasileira possa superar isso e admirar o nosso toque de bola", afirmou a técnica dos Estados Unidos.

Parte da torcida concorda com a treinador, mas, ao mesmo tempo, acredita que Hope Solo tem de levar na esportiva.

“O povo acabou brincando. Mas também é uma falta de educação da nossa parte. Uma ironia. Mas
aconteceu”, disse a técnica de seguros Nicole Fernanda.

O corretor de seguros Daniel Araújo tentou justificar as vaias. “Eu acredito que toda forma de manifestação é válida, mas sem hostilidade. Ela foi infeliz no comentário. A vida às vezes pune de forma triste. Somos um país de sofrimento e um povo que é hostilizado no mundo. Então, coisas assim (a foto de Hope Solo) mexe um pouquinho com nosso brio. Ela tem que levar na esportiva. Espero que ela também tenha aprendido com a situação”, comentou.

Ouça o Panorama Olímpico #6: