Evento

Alienígenas ainda são incógnita

XX Congresso Brasileiro de Ufologia ofereceu mais de 20 horas de conferências com diferentes visões


Publicado em 25 de julho de 2017 | 03:00
 
 
 
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Neste mês a ufologia comemora 70 anos. Muito se avançou por meio de equipamentos sofisticados que permitem avaliar com maior precisão milhares de fotos e vídeos que são enviadas para centros de pesquisas ufológicas em todo o mundo.

No entanto, passado todo esse tempo, os ufólogos mundiais continuam a se debruçar sobre as mais diversas teorias sobre o fenômeno ufológico. As investigações apresentadas durante o XX Congresso Brasileiro de Ufologia, que aconteceu neste fim de semana, em Belo Horizonte, resvalam para mediunidade, espiritualidade, parapsicologia, esoterismo, lendas da cultura popular e até história.

Diferentes vertentes da ufologia apresentaram-se, cada uma revelando peculiaridades, mas nessa área não há um consenso, pelo contrário, existem mais indagações do que respostas.

O evento reuniu 420 pessoas de dez Estados brasileiros, 14 conferencistas de seis Estados e o norte-americano John Carpenter. Foram 20 horas de palestras.

Segundo o organizador do congresso, o jornalista e editor da “Revista UFO”, Ademar Gevaerd, o evento levou seis meses de preparação e “comprova a tradição de Minas Gerais de acolher, desde os anos 50, esse tema, quando, ao lado de Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, criou entidades de pesquisas de discos voadores”.

Segundo ele, “foi em Belo Horizonte que surgiu a ufologia brasileira, lado a lado com a internacional, por meio do renomado professor Húlvio Brant Aleixo, que criou o Centro de Investigação Civil de Objetos Aéreos Não Identificados (Cicoani), cujas pesquisas de ocorrências ufológicas em Minas Gerais acabaram atraindo a atenção de todo o mundo pela sua qualidade e extremo rigor das investigações”, relembra.

O historiador André de Pierre falou sobre a mais antiga civilização do mundo, a Suméria, com seus deuses chamados Anunnakis. “Eles deixaram seus documentos redigidos em tábuas de argila, conhecidos como ‘escrita cuneiforme’. Nas tábuas suméricas não existia menção a deuses espirituais, pois eles não nasciam na Terra. Habitavam outro mundo, por conseguinte não eram terráqueos, mas sim seres materiais, que viajavam em carros voadores e conviviam com os humanos, muitas vezes reinando sobre eles”, comentou Pierre.

Já o ufólogo Toni Inajar falou sobre a conexão entre espiritualidade e ufologia. Segundo ele, desde a Antiguidade ocorrem eventos com características claramente ufológicas, mas que foram interpretados como algo espiritual, a exemplo de alguns textos narrados por personagens bíblicos como Elias, Enoque, Ezequiel e Isaías.

“O conhecido general Paulo Uchôa, um grande investigador ufológico, relatava que algumas naves e seres surgem e se esvanecem no ar, algo muito semelhante ao fenômeno de materialização de espíritos. O autor espírita Robson Pinheiro descreve que alguns seres têm densidade muito semelhante à do nosso corpo espiritual e, quando precisam realizar uma pesquisa ou estudo aqui na Terra, eles adensam seu corpo, tornando-se visíveis para nós”, diz Inajar.

O ufólogo propõe que as pessoas analisem com mais isenção os relatos e supostas aparições para que possam fazer a interpretação correta do que realmente aconteceu. “Existem fenômenos espirituais interpretados como ufológicos e o contrário também. É preciso ter critério”, alerta.

Cuidado. O empresário e pesquisador Alcione Giacomitti disse que é preciso cautela e discernimento para que se avaliem as situações com um olhar mais crítico. “Extraterrestre é toda inteligência que entra em nosso planeta, seres que habitam outros planetas do nosso universo, fora disso não é alienígena. O universo é muito mais do que imaginávamos, e as possibilidades de conexão vão muito além. Estamos diante de fenômenos complexos e usando ferramentas erradas para entendê-los”, diz, Giacomitti citou o físico David Bohm. “Para ele, o mundo que observamos é uma implicação ou duplicação de uma outra realidade, primeira, anterior, de uma dimensão superior. Aqui se encaixa o fato ufológico, mas é fundamental separar as diferentes manifestações do fenômeno, inclusive as arquetípicas, dos reinos encantados, míticas e religiosas. A face do fenômeno que deveríamos compreender é aquela que se mantém oculta”, propõe.

Livro

“Alienígenas do Passado” – O livro oficial da série com prefácio do criador Kevin Burns
Editora Laszlo
212 páginas
R$ 80

FOTO: reprodução
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A “Revista UFO” está organizando esse evento, que será um marco no resgate e na investigação do famoso caso de suposta captura de nave e seus tripulantes, em Varginha, no Sul de Minas. O evento vai reunir as principais testemunhas, como as meninas (hoje já adultas) Kátia Andrade Xavier e Liliane Silva, com sua mãe, e ainda Marta Cherese, irmã do soldado Marco Eli Chereze, que morreu 26 dias após ter tido contato com o alienígena. O ufólogo Marco Leal, que está conduzindo a investigação atualmente, e o documentarista James Fox também estarão presentes

 

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