SEXO

Amigo-oculto erótico ajuda a quebrar tabu e a promover educação sexual

Meias, chocolates e chinelos são substituídos por géis, vibradores e outros brinquedos para o bem-estar íntimo


Publicado em 22 de dezembro de 2023 | 07:00
 
 
 
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Há coisas que são insubstituíveis no fim de ano: festa da firma, panetone, confraternizações e, é claro, amigo-oculto. A cerimônia, que permite a troca de presentes entre parentes, amigos ou colegas de trabalho, já foi uma unanimidade. Hoje, muitos pensam duas vezes antes de aceitar participar da brincadeira, principalmente pelo temor de o presente não ser do agrado. Sem contar que cogitar dar algo especial e não ser correspondido faz com que muita gente diga “não” para a confraternização.

Mas há uma modalidade de amigo-secreto que pode fazer muita gente mudar de ideia e se permitir mais: trata-se de uma versão mais moderna e ousada em relação ao tradicional, batizada de “amigo-oculto erótico”, ou “amigo-sexcreto”. As meias, chocolates e chinelos são substituídos por géis, vibradores e outros brinquedos para o bem-estar íntimo que tem um objetivo a mais do que trocar presentes: é uma oportunidade de discutir e explorar o sexo de uma maneira descontraída e aberta. “Esse tipo de amigo-oculto já virou uma forte tendência devido ao caráter divertido da brincadeira. E o bônus é que, além de promover boas risadas, ele ainda ajuda na quebra de tabus e na promoção de conversas importantes que por muitos anos nem cogitamos ter”, conta Bel Ornelas, especialista em relacionamentos e sexualidade e cofundadora da Ava, marca de produtos íntimos e sexuais.

Ainda de acordo com ela, essas conversas que surgem com a dinâmica servem como “uma forma de aprender mais sobre a nossa própria sexualidade”. “Lidar com nossos tabus, medos e insatisfações e entender melhor um tema que é tão caro para nossa saúde mental e física”, diz ela, que tem no amigo-sexcreto uma tradição de fim de ano entre as amigas. “Confesso que, no começo, era desafiador. Era difícil encontrar bons produtos eróticos, voltados para o público feminino, e ainda por cima manter a discrição na hora da compra. Nessa época, a brincadeira era toda uma grande piada. Mas ainda assim era a única forma que a gente encontrava de colocar esse assunto na pauta de forma mais leve e descontraída”, relembra.

Com a crescente aceitação dessa prática, é provável que criem cada vez mais ambientes nos quais a sexualidade é discutida de forma saudável e sem preconceitos, estimulando uma cultura de respeito e aceitação para lidar com um assunto que ainda é cheio de desconhecimento para as mulheres. “Precisamos e queremos falar sobre sexo, mas não encontramos espaço. O amigo-oculto erótico propicia trocas importantes, gera diálogos, levanta perguntas, conecta pessoas, desmistifica e abre espaço para a informação de qualidade”, disse.

Juliana Tardelli, gerente de relacionamento da A Sós Saúde Íntima, empresa de bem-estar íntimo e que realiza esse tipo de confraternização personalizada para o público feminino, fala sobre as trocas e conexões que a brincadeira cria. “Quando tem mulheres juntas, falando sobre sexualidade, sempre há aprendizado. E, além de fazer compras mais conscientes, aprendem a usar os produtos que elas ganharam, quando o encontro é promovido por um grupo de amigas ou do trabalho”, disse.

Segundo Juliana, a proposta do amigo-sexcreto, além de introduzir conversas sobre sexualidade de maneira natural, é quebrar tabus e constrangimentos com produtos que correspondem também às preferências sexuais. “Geralmente, os mais cobiçados são géis lubrificantes, vibradores e óleos de massagem, mas é comum os participantes deixarem claro os presentes que querem receber”, disse. Nesse sentido, ela explica que a dinâmica oferece uma oportunidade para diálogos essenciais sobre sexualidade e consentimento. “Tudo é com o diálogo. Se a pessoa topou participar da brincadeira, ela está ciente dos produtos que estão ali, mas sempre há algum intimidado com o tema”.

Fora da zona de conforto, há limites necessários a serem estabelecidos para garantir que os presentes sejam apropriados – e não ofensivos. Vale ressaltar também que a participação nessa versão do amigo-oculto deve ser voluntária, respeitando a privacidade e a individualidade de cada pessoa. “Se a pessoa não se sente à vontade para transformar o tema em brincadeira, ela precisa ter liberdade para dizer ‘não’. Mas, uma vez dentro do jogo, é importante saber que a brincadeira não precisa ser invasiva e muito menos ter um caráter vulgar. Ao contrário, ela costuma ser muito divertida, além de promover importantes trocas e conexões”, disse Bel Ornelas.

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