Ficar quietinho dentro de casa e não sair para absolutamente nada. Essa foi a realidade enfrentada por 15% dos entrevistados do levantamento feito por acadêmicos no projeto “ConVid – Pesquisa de Comportamento”, que analisou como a população tem passado os dias de quarentena.
De acordo com o levantamento, a maioria da população brasileira, 60% no total, respeitou o isolamento social e ficou em casa, só saindo para atividades essenciais (compras de supermercado e farmácia).
“Isso mostra uma grande adesão ao isolamento social e às medidas que são extremamente benéficas para que nós possamos interromper a transmissão do vírus”, explicou a professora da Escola de Enfermagem da UFMG Deborah Carvalho Malta, uma das coordenadoras do estudo.
Entre as pessoas que continuaram saindo e tomaram apenas certos cuidados, tais como não visitar idosos e manter distância de outras pessoas, os maiores percentuais (35%) ocorreram nas faixas de idade de 30 a 39 anos e 40 a 49 anos.
O estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No período de 24 de abril a 8 de maio de 2020, 44.062 indivíduos participaram da pesquisa.
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A amostra contou com dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD, 2019), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para obter a mesma distribuição por Unidade da Federação, sexo, faixa etária, raça/cor e grau de escolaridade da população brasileira.