Moda

Entrada triunfal

Marcas estreantes nas passarelas do Minas Trend caminham por conceitos diferenciados e jogam luz em abordagens repletas de significado


Publicado em 15 de abril de 2018 | 03:00
 
 
 
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Uma mescla de tradição e novidade. Todos os anos, o Minas Trend leva até as suas passarelas marcas que há muito tempo vêm encantando com suas cores e formas, por meio de desfiles ansiosamente aguardados. Há, também, um espaço todo especial reservado para as grifes que se apresentam pela primeira vez, revelando todo o seu potencial e evidenciando as características que fazem delas nomes de sucesso.

Dessa forma, nesta 22ª edição, a realidade não poderia ser diferente. NotEqual, Virgílio Couture e Skazi são alguns dos nomes estreantes desta vez, além de Fátima Scofield, que abrirá o evento. “Estrear é sempre um peso e, claro, uma grande responsabilidade. No meu caso, esses sentimentos também estão acompanhados de muita satisfação pessoal. Estou feliz de poder contar com mais essa realização em minha carreira. Além disso, acredito que será um momento único da marca, em termos de visibilidade e crescimento no mercado”, ressalta Fátima.

A grife chega explorando conceitualmente o “ma” (termo oriundo da cultura japonesa). “Uma abertura entre o espaço e o tempo que dá forma à vida. Um exercício que traz à tona uma minuciosa criação de fluidos e esvoaçantes”, frisa a profissional. “A coleção verão 2019 explora novas composições repletas de transparências e fluidez. As estampas, predominantes em todas as temporadas, também continuam presentes”, diz ela.

Aliás, as estampas, além do trabalho de modelagem, são um dos grandes destaques de Fátima Scofield. O designer de superfície Gabriel Lima, sob direção de Daniel Correa, se dedica especialmente a elas desde o momento da concepção, desenho e produção. Tanto trabalho mostra que a grife chegou mesmo para trazer mais um ponto positivo para o evento.

“Acredito que, depois de 32 anos de mercado e cercada por um time de grandes profissionais, tomei coragem para estrear a Fátima Scofield na passarela. Ainda, de dois anos para cá, conto também com a Laura Scofield, minha filha, que me ajuda a coordenar uma série de projetos dentro da empresa, com meu marido e meus filhos Felipe e Thaís. Sem eles, adiaria mais alguns anos (risos). Na verdade, também sou uma pessoa inquieta e sempre estou em busca de dar um passo adiante. Vejo claramente que chegou a hora de mais um”, ressalta.

Expectativas a mil. Após oito anos morando fora do Brasil, Fábio Cesar, da NotEqual, desembarca no país com a missão de focar seu trabalho nacionalmente, estabelecendo ainda mais a sua marca. “As minhas expectativas são de que os produtos sejam realmente bem aceitos”, frisa ele.

Para isso, o profissional aposta em uma moda não tradicional. Ele foca proporções ergonômicas e não necessariamente as medidas exatas do corpo. “Eu libero o corpo para dar forma à roupa”, diz. Questões como gênero e tamanho não são pré-definidas como usualmente costumam ser.

Algumas peças podem ser vestidas de frente ou de costas, por exemplo. Para o desfile, foi pensado em algo mais romântico e mineiro, mas que também ressalta a alfaiataria desconstruída. A marca abre a possibilidade de diferentes usos da peça, para que, dessa maneira, ela não fique obsoleta. A experiência de Cesar nos Estados Unidos ajuda muito em todo o processo, “pelo fato de a marca ter nascido em um mercado em que já não existem tantas regras e paradigmas”, diz ele.

Valorização. De olho na visibilidade do Minas Trend, afinal, “os olhos do Brasil estão voltados para este evento no momento”, como diz Eduardo Amarante, da Skazi, a marca joga luz a um assunto que vem sendo muito debatido e, sobretudo, estimulado em diversas frentes: o empoderamento da mulher.

Torná-lo algo real exige uma série de desafios. Para Amarante, uma das formas de revelar esse aspecto por meio da moda é dar força às mulheres. “A mulher, quando se sente bonita, se sente empoderada. É um reflexo de alma”, diz.

Com uma coleção pautada pelo esportivo, Amarante teve como inspiração a tenista Billie Jean, cuja história o estilista acompanhou no filme “A Guerra dos Sexos”. “Ela foi uma mulher muito importante na luta pela igualdade”, frisa.

Estilo. Com a mistura de duas estampas clássicas no universo da moda, o xadrez e o animal print de oncinha, a Virgílio Couture leva até as passarelas a coleção Tropical Punk. “Eu brinco com essas estampas em diferentes fundos e colorações”, relata Virgílio Andrade.

Com diversas sobreposições e camadas, dando a impressão de que são várias peças em uma só, a coleção leva até as passarelas uma série de diferenciais. “Estou muito otimista. As expectativas estão maravilhosas. A visibilidade que o evento proporciona é muito grande. Além disso, o Minas Trend consegue reunir mídia e venda ao mesmo tempo”, destaca Andrade.

Acompanhe a cobertura ao vivo dos desfiles no portal e no Facebook de O TEMPO 

17 de abril (terça feira)
16h
Fatima Scofield
Sindijoias - MG

18h
Plural
Natalia Pessoa

20h
Lucas Magalhães
Manzan

18 de abril (quarta-feira)
16h
Virgilio Couture
Molett

18h
Chocker
Anne Est Folle

20h
NotEqual
Skazi

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