Espaço

Nasa recebe número recorde de candidatos a astronauta 

Além do salário inicial de R$ 261 mil anuais, selecionados vão embarcar em naves


Publicado em 24 de fevereiro de 2016 | 03:00
 
 
 
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O sonho de muitas crianças é um dia se tornarem astronautas. E mais de 18,3 mil adultos estão na corrida para que esse desejo se torne realidade. Esse é o número recorde de inscritos ao posto, oferecido pela Agência Espacial Norte-Americana, a Nasa. Em um registro histórico, esse processo seletivo recebeu quase o triplo do número de inscrições de 2012, a última turma aberta.

O processo é referente à nova classe de astronautas que será aberta no ano que vem. As inscrições começaram em dezembro último e se encerraram na semana passada. O processo tem previsão para durar 18 meses e vai terminar com a escolha de oito a 14 novos exploradores espaciais.

O recorde anterior era de aproximadamente 8.000 inscritos em 1978. A publicidade em torno de recentes missões espaciais, como a New Horizons, que visita Plutão, e o sucesso de filmes como “Perdido em Marte” e “Gravidade” podem ter atraído a atenção dos aspirantes a astronautas. Apenas cidadãos norte-americanos puderam se candidatar.

“Não me surpreende que tantos norte-americanos, de diversas origens, queiram contribuir pessoalmente para iluminar o caminho de nossa jornada à Marte”, disse o administrador da Nasa e ex-astronauta, Charlie Bolden.

Qualificação. Agora, a comissão de seleção vai avaliar cada currículo. Os mais qualificados serão convidados para entrevistas no Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas.

Os candidatos precisam ter, no mínimo, três anos de experiência profissional relevante para a área, ou mil horas de voo como comandante de jato. As formações acadêmicas variam entre engenharia, biologia, física, ciência da computação e matemática. Mestres e doutores também chamam atenção da agência. Os candidatos ainda terão que passar por testes físicos e médicos.

“É emocionante saber que tantas pessoas reconhecem a grande oportunidade que é fazer parte da missão da Nasa. Eu busco encontrar homens e mulheres com talento suficiente para chegarem ao topo desse conjunto incrível de candidatos”, disse Brian Kelly, diretor de voo em Johnson.

O salário inicial para astronautas civis é de US$ 66 mil (R$ 261 mil) anuais e pode chegar a US$ 144 mil (R$ 570 mil) por ano. Mas os valores não são o principal chamariz para o posto. Os escolhidos terão a oportunidade de embarcar na Estação Espacial Internacional, na espaçonave Orion ou nas duas novas naves que estão sendo construídas pela iniciativa privada: a CST-100 Starliner, da Boeing, e a Crew Dragon, da SpaceX .

Nono planeta

- Onde está o nono planeta que pesquisadores dos EUA acreditam ter descoberto?

-Astrônomos franceses conseguiram definir as direções que devem orientar os telescópios para tentar encontrá-lo. “Tendo em vista o que sabemos sobre os movimentos dos planetas do Sistema Solar, é possível que esse nono planeta exista, mas não em qualquer lugar”, disse o astrônomo Jacques Laskar.

Equipe diz ter ouvido ‘música do além’

Os três astronautas da missão Apollo 10 ouviram estranhos sons durante cerca de uma hora enquanto estavam no lado oculto da Lua, região fora de contato por rádio com a Terra. A revelação da Nasa ocorre após mais de 40 anos do acontecido.

Os astronautas se mostraram muito surpresos com o que ouviram e discutiram se deveriam ou não relatar o incidente. Na conversa, antes confidencial, os tripulantes perguntam entre eles: “você ouviu isso? Aquele som de assobio?”. “Essa música soa com algo do espaço sideral, não?”, comenta o astronauta Eugene A. Cernan na gravação.

A missão Apollo 10 aconteceu em maio de 1969, tripulada pelos astronautas Eugene Cernan, Tom Stafford e John Young (foto), e precedeu em dois meses a missão Apollo 11, em que o homem pousou na Lua.

Após a polêmica divulgação dos áudios, a agência espacial respondeu. O porta-voz da Nasa, Bob Jacobs, disse que falou com o astronauta Eugene Cernan, que assegura “que não se importou suficientemente com o incidente para levá-lo a sério”.

“Se tivéssemos pensado que se tratava de outra coisa (que não fosse uma interferência), haveríamos informado todo o mundo depois do voo”, acrescenta Cernan, astronauta que hoje tem 81 anos. 

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