A cada edição, o São Paulo Fashion Week (SPFW) estabelece o pacto de ficar mais próximo do consumidor. De forma geral, os desfiles apresentados até agora estão mais afinados com a proposta de que moda está cada vez mais comercial.
A mineira Patrícia Bonaldi, e sua marca Patbo, já tem a preocupação em seguir o calendário do varejo ao apresentar suas coleções, sem se antecipar. Desta vez, o foco dela foi o verão de 2020, da próxima temporada, e por isso desfilou moda praia pronta pra quem vai ser convidado para festas chiquérrimas, porém bem longe da água - muitas peças são extremamente bordadas, assim como seus vestidos de moda festa, que fizeram a fama da estilista. Mangas bufantes e toques em cores vibrantes e néon à exaustão estão - novamente - prontos para fisgar suas clientes.
A Beira, outra etiqueta que desfilou nessa quarta-feira, priorizou o seu DNA de trabalho artesanal e pintura feitas com processos naturais.
Para venda, a Beira funciona da seguinte forma: oferece parte da sua coleção para envio imediato e parte com produção sob demanda, uma tentativa de afinar o discurso com as novas formas de consumo, mais consciente. “Meu principal objetivo é criar a próxima calça, a próxima blusa, enfim, a próxima peça de roupa. É nela que existe potência de linguagem. E esse processo é contínuo”, disse a estilista Lívia Cunha Campos.
Geral
Essa temporada está bem mais enxuta do que as anteriores - apenas 26 marcas desfilam no line-up até a próxima sexta-feira (18). Vale lembrar que marcas como Piet e Ocksa, que desfilaram em abril quando o modelo Tales Cotta morreu durante o evento, não integraram o calendário. A Ellus retornou ao SPFW, enquanto Isaac Silva e Angela Brito estrearam nessa edição.