Espiritualidade

Rejeição energética de órgãos

Além dos procedimentos médicos, transplantes expõem realidades multiconscienciais


Publicado em 12 de novembro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Órgãos não têm gênero. Nos transplantes, homens recebem órgãos de mulheres, e vice-versa. Mas o que muitos não sabem é que pode haver rejeição do enxerto a partir da falta de interação energética. E isso é mais comum do que se imagina.

As informações que a sociedade recebe dizem respeito apenas à dinâmica física do transplante, mas a maioria dos médicos, doadores e receptores desconhece a esfera transcendental da técnica, que qualifica e salva milhares de vidas.

“Além da parte médica multidisciplinar, que envolve variados exames clínicos para testar a saúde física do doador, são necessários testes de compatibilidade entre o doador e receptor, a fim de se alcançar equilíbrio e assimilação energética entre eles. Caso contrário, aumentam as chances de acontecer a rejeição do órgão”, comenta Marilza de Andrade, especialista em bioenergética, pesquisadora independente da conscienciologia e autora de dois verbetes sobre o assunto, na Enciclopédia Eletrônica da Conscienciologia.

O interesse de Marilza pelo assunto começou quando ela vivenciou uma situação familiar nesse contexto. Desde então, ela tem feito pesquisas e já trabalhou por mais de sete anos dando suporte a várias famílias que estiveram dos dois lados do transplante. E ela comenta: “Não é uma situação confortável para ninguém”.

“Uma coisa é você lidar com o diagnóstico de uma doença em um familiar, em que você só precisa apoiar, se esforçar e fazer o que for preciso para minimizar a dor do outro. Mas, quando a solução para a extinção do sofrimento do ente querido pode depender de você, as coisas mudam”, analisa Marilza.

Segundo ela, “quando há possibilidade de a pessoa saudável abrir mão de um órgão não apenas para salvar, mas para oferecer qualidade de vida a outra pessoa, o problema ganha nova dimensão”. “A questão fica muito mais delicada e exige reflexão de todos os envolvidos. E há histórias de famílias que não admitem a hipótese de que um dos seus, com boa saúde, se submeta aos riscos da doação, gerando divergências”, pontua.

São várias as situações que envolvem qualquer tipo de transplante, seja uma simples transfusão de sangue ou um complexo enxerto de órgãos.

“Tanto nos transplantes inter vivos quanto no post mortem, as energias conscienciais envolvidas, inclusive as de familiares cuidadores, devem ter empatia entre si, pois, se as pessoas não forem compatíveis energeticamente e não conseguirem se comunicar, existirá, então, grande possibilidade de a empreitada fracassar”, observa Marilza.

Ela comenta que não poderá haver ranço, mágoa ou ressentimento de nenhuma das partes. “Isso é muito difícil, por se tratar de membros de uma mesma família. O doador deve ter intenção pura. A doação é um gesto de oferecimento livre e espontâneo, e não uma obrigação imposta pela família, religião ou sociedade. A intencionalidade sadia vai proporcionar integração e forte vínculo entre doador e receptor”, observa a especialista.

O ideal é que, “quando o indivíduo entende que tem condições, deseja e pode ser o doador para aquele parente a quem devota respeito e amizade, seja trabalhada a ideia intimamente até dirimir todas as dúvidas a respeito de seu ato”, aconselha Marilza.

Depois dessa reflexão íntima, “ele deve escolher o melhor momento para abordar o futuro receptor, com ética, e, humildemente, fazer seu oferecimento, com suas mais fraternas energias e intenções, para minimizar o constrangimento daquele que necessita de algo que não tem como se autoprover. Este é um sentimento recorrente em quem necessita do órgão”, adverte a especialista.

Marilza recomenda que as pessoas simpatizantes de doações de órgãos, tecidos, ossos, córnea e pele se manifestem em vida, deixando expressa sua vontade, minimizando o sofrimento dos familiares em caso de sua morte súbita ou acidental.

Personalidade influencia ato

Há diversos contextos que permeiam a doação de órgãos. “Há casos em que o indivíduo não estava preparado para morrer, tampouco para ver seus órgãos sendo retirados e implantados em estranhos. Nessa situação, o órgão retirado fica impregnado com a energia da consciência que morreu”, explica Marilza de Andrade.

Se essa personalidade não teve em vida caráter altruísta, “possivelmente não doará seu órgão. Nesses casos, mesmo que a família autorize a doação, há muitas chances de, em algum tempo indeterminado, o organismo receptor rejeitar o órgão”, comenta a especialista.

Marilza relata que já vivenciou situações de interação e apaziguamento extrafísico, ou seja, quando consciências que já se libertaram de seus corpos físicos se aproximam do doador esclarecendo e o tranquilizando. “E ainda prestando esclarecimento para quem vai receber o órgão, de forma que ele fique receptivo a ele. O doador deve ter cosmoética, a fim de que o processo aconteça da melhor forma possível para ele e para o beneficiário do órgão”, diz.

Indo atrás do próprio órgão já doado

Embora a ciência procure justificar a rejeição ao enxerto por meio da epigenética, não se podem descartar os aspectos multidimensionais nos transplantes.

“Quando, por hipótese, o doador potencial que em vida física, em sã consciência, não tinha preocupação em assistir alguém, muito menos com seu próprio corpo, existem grandes possibilidades de essa consciência ir atrás do próprio órgão”, alerta Marilza de Andrade.

Segundo ela, esse hipotético doador pode “vampirizar o enxerto e também o enxertado, gerando algum tipo de complicação para o transplantado. Este é o típico caso de assédio extrafísico, quando a consciência que morreu continua apegada ao seu corpo físico e ao órgão que dele foi retirado”, explica a especialista.

Marilza considera a gratidão um sentimento nobre. “Quando ela é emanada pelo receptor para o doador, quer seja inter vivos ou doador potencial, gera-se um campo de energias extremamente benéfico. Pode estar aí, na gratidão, a solução para a rejeição aos enxertos, sinaliza.

Ela ressalta que doador potencial “é aquele diagnosticado com morte cerebral, que perdeu a capacidade de ser reativado e entrar em funcionamento mesmo que parcial, o suficiente para as atividades de um ente vivente”.

A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail: anabethdiniz@gmail.com

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