Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro se consolidou como um dos pilares da economia nacional. No entanto, o financiamento para o setor continua sendo um desafio para o crescimento cada vez mais expressivo da produção. Com a participação do BNDES no crédito rural diminuindo com o passar dos anos, e as taxas de juros mais altas no país, produtores enfrentam obstáculos para acessar recursos, especialmente os pequenos e médios agricultores. 

Nesse contexto, Minas Gerais se destaca não apenas pela expansão produtiva, mas também pela presença de empresas que oferecem soluções acessíveis para o setor. "O agronegócio cresceu tanto que o financiamento exclusivo via BNDES já não é suficiente. Hoje, cerca de 40% do crédito do mercado vem do Plano Safra, 20% a 30% dos bancos tradicionais ou cooperativas, e o restante é dividido entre mercado de capitais e fintechs. Sem ter todas as garantias, muitos pequenos e médios produtores ainda ficam à margem dessas soluções. Por isso, pensamos: por quê não criar possibilidades para impulsionar esse grupo?", explica Leandro Avelar, CEO e fundador da JPA Agro, empresa de Lavras, no Sul de Minas Gerais.

Leandro explica que foi nesse vácuo que a JPA Agro encontrou uma oportunidade e, por meio do JPA Cred, frente financeira da empresa, a companhia se consolidou, além da forte atuação como marketplace, como uma fintech ágil e desburocratizada, que cria soluções sob medida para atender desde produtores de leite até exportadores de soja. Não por menos, em 2023, a JPA Cred concedeu R$100 milhões em crédito, e em 2024, cerca de R$180 milhões. "Eu brinco que o BNDES e os grandes bancos são transatlânticos: enormes, poderosos, mas lentos para manobrar. A JPA Agro, por outro lado, é como um barco pequeno e veloz, que consegue navegar rápido e atender demandas específicas com uma burocracia mínima", diz Leandro.

Inteligência artificial

O uso de inteligência de dados também permite que a plataforma forneça análises estratégicas e previsões de mercado, ajudando o produtor a planejar melhor suas safras e tomar decisões financeiras mais assertivas.

"A tecnologia é o futuro do agro. Com a digitalização, o produtor tem mais controle, mais informação e mais poder de negociação. O crédito é importante, mas ele precisa vir acompanhado de inteligência de mercado para que o agricultor possa crescer de forma sustentável", afirma Leandro Avelar, CEO e fundador da JPA Agro.