Com 168 páginas, seis novas aquarelas e 15 citações acrescidas, foi lançada a terceira edição do livro "Cores de Barbacena", pelo selo C/Arte, que complementa as recriações da paisagem barbacenense, com um inventário de citações de personagens históricos do Brasil e do mundo que cruzaram o antigo Arraial da Igreja Nova, depois vila e cidade de Barbacena (MG).

Cores de Barbacena se coloca como um álbum de gravuras feitas pelo artista Waldir Damasceno.

Pesquisas

Doorgal Borges de Andrada, que teve o apoio do jornalista Idinando Borges em pesquisas, reuniu centenas de fontes.

O que Quincas Borba, Macunaíma, Marie Curie e Rui Barbosa têm em comum, além de chegar e sair de Barbacena pela Estação Ferroviária, só lendo cada verbete da obra para saber.

De Roberto Carlos ao inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, qualquer referência que conectasse Barbacena a uma das personalidades citadas na capa do livro serviram para que o escritor fizesse o link que mostra como Barbacena tem se inserido na identidade dos mineiros e brasileiros.

Reencontro

Ao refletir sua ideia de convidar um artista - Waldir Damasceno - para dar cores ao passado sempre registrado em preto e branco, Doorgal Andrada avalia: “Parece até que Henry Chamberlain (autor do livro “Views & Costumes of Rio de Janeiro” em 1821) e o artista Waldir Damasceno combinaram para que este reencontro ocorresse dois séculos depois, provando que nem o tempo e a modernidade fariam desaparecer a Barbacena leve, colorida e singela que todos nós gostaríamos de conhecer".

Borda do Campo

"Desde a Borda do Campo, dos bandeirantes e dos Puris, dos primeiros africanos e dos italianos, cada qual vivendo sua diáspora, aos liberais e republicanos, lá está Barbacena multicolorida e caleidoscópica,” diz a produtora cultural e ex-secretária de cultura de Barbacena, Maria da Glória Bittar de Castro Pereira, autora de um dos textos que reforçam a proposta do livro.