Deferido hoje o processamento da Recuperação Judicial da Egesa Engenharia S/A . A empresa representa um grupo empresarial do setor de infraestrutura e construção pesada há mais de 60 anos. 

A decisão foi proferida pelo Juiz Murilo Silvio de Abreu da 2a Vara empresarial de Belo Horizonte sendo requerida pelo Escritório Procópio de Carvalho e que tem como titular o advogado José Murilo Procópio de Carvalho. 

Trata-se de uma Recuperação Judicial no valor dos créditos sujeitos à recuperação de R$ 2,7 bilhões com mais de 600 credores. 

Foi nomeado como Administração Judicial a sociedade Scalzilli Administração Judicial com sede em Porto Alegre (RS). 

A Egesa terá que apresentar o seu plano de recuperação no prazo de 60 dias.

O maior acionista da Egesa é Elmo Teodoro Ribeiro.

Para o advogado José Murilo, o passo da recuperação foi importante. 

“Ela (a recuperação judicial) se dá ao bom empresário que num determinado momento entrou em dificuldades. O espírito do juiz foi o de preservar a empresa. A Egesa é uma das sobreviventes da operação Lava-Jato. Ela nunca esteve envolvida. Em vez de punir as pessoas, puniram-se as empresas”, avaliou José Murilo. 

Para o advogado, a Egesa vai poder abarcar um grande segmento que são as obras de infraestrutura porque hoje isso fica com as estrangeiras e a Egesa tem atestado de grandes obras”, informou. 

A Egesa é uma das empresas que compõem o consórcio Minas Arena que administra o Mineirão, em Belo Horizonte, sendo proprietária de 25% do Minas Arena.