Enquanto gigantes da tecnologia disputam o domínio global da inteligência artificial e concentram dados e algoritmos em estruturas cada vez mais centralizadas e inacessíveis ao público comum, uma iniciativa nascida no Brasil surge com uma proposta oposta: devolver a IA às mãos das pessoas comuns, com privacidade total, sem custo e sem depender da nuvem. Essa é a promessa da Orch-Mind, a primeira plataforma de IA federada, descentralizada e gratuita feita no Brasil, com lançamento oficial previsto para agosto de 2025.

Com proposta inovadora, a plataforma permite que qualquer pessoa — mesmo sem conhecimento técnico — possa criar, treinar e utilizar uma inteligência artificial própria, de forma totalmente local, segura, colaborativa e sem servidores centralizados.

Com código aberto e modelo de compartilhamento entre usuários via tecnologia peer-to-peer, ao invés de recorrer a ferramentas mantidas por big techs, o usuário passará a ser o único dono da sua IA, com total controle sobre os dados, o funcionamento e a evolução do sistema.

Privacidade

Na base da tecnologia desenvolvida pela Orch-Mind está o conceito de IA Federada, um modelo que descentraliza o aprendizado e garante privacidade. Ao contrário das IAs tradicionais baseadas em servidores massivos externos e coleta de dados em nuvem, a Orch-Mind opera diretamente no dispositivo do usuário. É ali que a IA aprende, evolui e se adapta, sempre sob controle de quem a utiliza.

A inovação se estende também à forma como o conhecimento é compartilhado. A Orch-Mind utiliza módulos chamados adaptadores, módulos leves de inteligência que podem ser treinados de forma personalizada e trocados entre usuários. Esse ecossistema cria uma rede de inteligências interligadas, construídas coletivamente, mas sem jamais comprometer a privacidade individual.

“O que queremos é inverter a lógica da inteligência artificial. Em vez de uma grande mente centralizada controlando tudo, temos bilhões de pequenas mentes pequenas, independentes, únicas, seguras e que aprendem entre si”, explica Guilherme Ferrari Bréscia, engenheiro de software e criador da plataforma.

Para dar escala ao projeto e ampliar o impacto, convidou para a co-fundar a iniciativa o arquiteto de soluções João Gabriel, baiano de Uibaí e uma das maiores vozes do LinkedIn Brasil na defesa da inclusão digital. Referência nacional no tema, João tem uma trajetória marcada pela superação. Ele trabalhou como prensador de sucata e vendedor de espetinho antes de se formar com enorme esforço em Sistemas da Informação e conquistar projeção como líder de inovação. Sua missão sempre foi clara: usar a tecnologia para transformar vidas.

“Eu sou prova viva de que a tecnologia pode mudar destinos. A Orch-Mind é isso: uma IA feita para quem nunca teria acesso real a IA. Para o jovem da quebrada, o agricultor, o estudante da escola pública. Sem filtro, sem censura, sem mensalidade”, afirma João.

Lançamento oficial 

O lançamento oficial da plataforma acontecerá no fim do mês de agosto de 2025, com evento aberto à imprensa, desenvolvedores, entusiastas e educadores. Os detalhes ainda estão sendo definidos. A versão beta já está disponível para testes no site oficial da Orch-Mind e no repositório do GitHub, onde qualquer pessoa pode baixar, testar e até contribuir com o projeto.

“Queremos inaugurar uma nova era de IA feita por pessoas, para pessoas. Essa tecnologia precisa deixar de ser um privilégio para virar um direito. O Brasil pode liderar essa virada, e estamos mostrando que é possível. Com ética, com liberdade, com impacto real”, conclui Guilherme.