A alta do dólar no Brasil desde o início deste ano deve gerar um custo adicional de R$ 8 bilhões para a indústria automobílistica com a compra de peças importadas utilizadas na fabricação dos automóveis no país. A estimativa é da própria Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Conforme cálculos feitos pela associação, com a moeda norte-americana cotada a R$ 4,60, a indústria acrescenta, em média, R$ 2.600 ao valor de cada veículo produzido no país, pesando o bolso do consumidor ainda mais.
Carga tributária
Na divulgação mensal de números do setor, na última sexta, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, defendeu que o governo federal adote medidas para estimular o crescimento da indústria automobilística. Uma das sugestões é a redução da incidência da carga tributária sobre o financiamento de veículos.
"A volatilidade no câmbio é uma coisa que a Anfavea acredita que tem que ser administrada. Alguma coisa precisa ser feita", defende Moraes.
De acordo com a Anfavea, China, Alemanha e Estados Unidos são hoje os maiores fornecedores de autopeças para o mercado brasileiro.
Corolla e Onix mais caros
Modelos como o Chevrolet Onix, carro mais vendido do Brasil, e o Toyota Corolla, um dos sedãs com maior volume de vendas no país, ficaram mais caros desde o início de março. No caso do novo Corolla, este foi o segundo reajuste na tabela de preços do carro, lançado em setembro de 2019.
A versão de entrada GLi 2.0 chegou às lojas por R$ 99.990, agora sai por R$ 102.990. O preço do Corolla top de linha (Altis Hybrid), pulou de R$ 124.990 em setembro para R$ 130.390 agora.
Em relação ao Onix, a versão básica (Onix Joy) foi de R$ 47.590 para R$ 50.150. Com a nova carroceria, motor 1.0 turbo e câmbio automático, o hatch parte agora de R$ 58.090, no lançamento, no fim do ano passado, custava R$ 56.990. Na versão top de linha, o Onix Premier sai por R$ 72.590, antes custava R$ 71.790 (aumento de R$ 800).
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