A KTM Duke 390 tem de encarar uma briga duríssima no mercado brasileiro. O modelo austríaco está na linha de tiro de nada menos que Kawasaki Ninja 400, BMW 310 R e Yamaha MT-03.
E com a chegada da nova geração, em meados do ano passado, o modelo passou a contar com algumas características que deram maior poder de atração ao modelo, com uma renovação estética forte e algumas evoluções mecânicas.
Mas, além das rivais de mercado – elas brigam, na verdade, mundo afora –, no Brasil há outro adversário implacável: a cotação do dólar. Cada 390 Duke vendida representa um pequeno prejuízo para a Dafra, que controla a marca e monta o modelo no Brasil, na unidade que possui em Manaus.
Preço das rivais
Mesmo que o modelo da KTM seja o mais caro do segmento – custa os mesmos R$ 23.990 da Kawasaki Ninja 400. BMW e Yamaha custam, respectivamente, R$ 21,9 mil e R$ 21.690. O comportamento do consumidor de esportivas de média cilindrada segue a lógica da familiaridade: quanto mais conhecida é a marca, mais vende.
Inspirada na Duke 1290
A atual geração da Duke foi apresentada oficialmente no fim de 2016, no Salão de Milão. Em relação à antecessora, a nova Duke trouxe algumas mudanças marcantes, a começar pelo visual, inspirado na Duke 1290.
O novo farol em LED é dividido verticalmente em duas seções, o que dá um ar meio “Transformers” ao modelo. As abas laterais do tanque também mudaram. Elas ficaram maiores para aumentar o fluxo de ar para o motor.
A suspensão dianteira, que já era invertida, agora tem cartucho aberto com amortecimento de compressão e retorno separados. O sistema de freios ainda é ByBre, da Brembo, mas o disco dianteiro passou de 300 mm para 320 mm.
O que mudou bastante foi o painel, que agora é em uma tela colorida de TFT. A tela, que mais parece um pequeno tablet, alterna automaticamente entre fundo branco e preto de acordo com a luminosidade externa.
E ali ficam concentradas informações como velocímetro, conta-giros, computador de bordo, nível do reservatório de combustível, temperatura do motor e sistema de conexão com celular via bluetooth, que permite espelhar a tela, atender ligações e até ouvir músicas, caso o capacete tenha intercomunicador.