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Perder é algo que não combina com o projeto do Sada/Cruzeiro.
Para se ter uma noção dos números, das 11 edições do Sul-Americano disputadas pelo clube desde 2009, ano da estreia, o time conquistou 9 títulos.
Desde 2016 mantém a hegemonia continental.
Minas, freguês predileto, e UPCN, da Argentina, são as maiores vítimas do Sada/Cruzeiro.
Isso levando-se em conta apenas as finais.
A crise econômica da vizinha Argentina tem limitado o pódio entre os times brasileiros. Tem sido assim desde 2022, com o Sada/Cruzeiro sempre em primeiro.
Os representantes de Peru, Uruguai e Bolívia são coadjuvantes.
Ciudad e Monteros representam em Blumenau, sede do torneio, a Argentina.
Um deles certamente estará na semifinal.
De qualquer forma não é bom baixar a guarda contra os hermanos.
A história revela algumas surpresas indigestas como o próprio Sada/Cruzeiro provou em 2015 perdendo a final para o tradicional UPCN, ano do último título dos argentinos.
O fator casa pode pesar a favor de Blumenau, em tese a terceira força do Brasil.
A vitória contra o Minas na última rodada da Superliga credencia o time a sonhar alto.
Mas há um limite entre o sonho e a realidade. O de Blumenau para na disputa do terceiro lugar.
Uma medalha é sinônimo de título.
Ainda que o Sada/Cruzeiro não admita, o Sul-Americano tem sim sabor de revanche, ou a possibilidade de revanche.
Embora nunca tenha jogado a competição, São José dos Campos, que só irá jogar o campeonato porque foi vice da Copa Brasil, tem sido uma pedra no caminho.
Embora os jogadores e a comissão técnica não admitam abertamente, a perda da Supercopa e a única derrota na Superliga, ainda não foram digeridas.
Há no elenco jogadores que esperam com ansiedade esse reencontro.
Até onde o blog chegou, a postura de São José, que perdeu o encanto na Superliga, não agradou o Sada/Cruzeiro quando os dois se cruzaram recentemente.
Faz sentido.
O Sada/Cruzeiro vê no Sul-Americano a chance de colocar as coisas em seus devidos lugares.
A conferir.