A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (28), o suspeito de matar e esquartejar a estudante transexual Matheus Passareli Simões Vieira, de 21 anos, conhecida como Matheusa.
O crime aconteceu em abril do ano passado no Morro do Dezoito, na zona Norte da capital carioca. Após esquartejar o corpo da estudante, criminosos atearam fogo a seu corpo. Os restos mortais nunca foram encontrados.
O suspeito é Manuel Avelino de Sousa Juniro, conhecido pelos apelidos "Peida Voa" e "Cão Açougueiro". A última alcunha é decorrente do tratamento cruel dado a suas vítimas.
Ele foi preso em cumprimento a um mandado de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, uma ação decorrente da Operação Cronos II. Ao longo de todo o dia, outras 50 pessoas foram detidas em razão do cumprimento de mandados contra suspeitos de homicídios e feminicídios.
O suspeito confessou o assassinato de Matheusa após ser levado para a delegacia.
Histórico
Um vídeo gravado em 29 de abril registra a estudante caminhando em uma rua próxima à comunidade. Depois disso, Matheusa não foi mais vista. À época, ela tinha 21 anos e cursava artes visuais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O inquérito aberto pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) concluiu que a jovem foi assassinada por traficantes. Ela teria saído de uma festa e chegado à comunidade sem roupas.
Durante uma discussão, os criminosos a teriam capturado e, numa manobra para retirar o fuzil do traficante, foi alvejada. Seu corpo foi ocultado após o crime.
Os traficantes Genilson Madson Pereira, o GG, e Messias Gomes Teixeira, o Feio, chefes do tráfico na favela, respondem por homicídio doloso e ocultação de cadáver.
(Com agências)