Rio de Janeiro. Foi enterrada nesta terça uma das finalistas do concurso Musa do Brasil, que morreu após se submeter a um procedimento estético nesta segunda, em Niterói. De acordo com a organização do evento, Raquel Santos, 28, sofreu uma parada cardíaca após realizar um preenchimento no rosto para corrigir o chamado bigode chinês – marcas de expressão do sorriso – e fazer um preenchimento no glúteo.
O médico Wagner Moraes, responsável pelo preenchimento, afirmou que o procedimento, simples e que foi realizado em dois minutos, não foi o responsável pela morte da musa.
“O grande problema é que ela teve um comprometimento de saúde. Ela aplicava na coxa uma substância chamada potenay, e ela usava o produto diariamente, fez uso nesta terça. O marido dela contou que ela fumava três maços de cigarro por dia”, contou ele, afirmando ainda que a substância usada, o ácido hialurônico, não oferece riscos à saúde.
Sem riscos. O cirurgião plástico Luis Henrique Ishida, presidente regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, acredita ser pouco provável que o ácido hialurônico aplicado em Raquel a tenha matado. Ele observa que qualquer procedimento médico envolve riscos, mas, nesse caso, eles são muito baixos. Uma complicação possível, segundo o especialista, é quando a substância é injetada dentro de uma artéria ou veia, o que pode provocar necrose em uma parte da pele. Outra possível complicação é a formação de uma fibrose na região que recebeu o ácido. Para esses casos, existe uma enzima, a hialuronidase, que é capaz de degradar o ácido hialurônico quando aplicada sobre ele.