Tragédia

Prefeitura do Rio vai construir parque na comunidade da Muzema

O secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, detalhou que serão demolidos ao todo 16 prédios no local

Qua, 24/04/19 - 15h28
24 pessoas morreram e sete ficaram feridas após dois prédio desabarem no local | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou nesta quarta-feira (24) que vai construir um parque na parte alta da comunidade da Muzema, onde dois prédios desabaram no dia 12, deixando 24 mortos e sete feridos. A informação foi divulgada por meio de um vídeo distribuído pela assessoria de imprensa da prefeitura.

“Lá no alto da Muzema é uma área de preservação ambiental, será feito um parque, inclusive em memória às vítimas. É importante que esse momento doloroso, trágico, muito triste que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro nos dê uma lição inesquecível, de que para construir é necessário ter as devidas licenças dos órgãos competentes, para que nunca mais a gente sofra o sofrimento que passamos com as mortes na Muzema”.

No vídeo, Crivella diz que as demolições de outros prédios irregulares no condomínio Figueiras do Itanhangá começaram nesta quarta-feira e que os edifícios com moradores estão escorados para que as pessoas possam entrar para retirar seus bens.

Ao lado do prefeito no vídeo, o secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, detalhou que serão demolidos ao todo 16 prédios no local. “Começamos o primeiro hoje. Essas demolições terão que ser muito cuidadosas, porque ainda tem prédios ocupados ao lado dos que vão ser demolidos. A maioria vai ser na marreta, com mão de obra, muito poucos prédios poderão ser demolidos com equipamentos. É um processo lento, mas que começa hoje e vai até o final”.

Demolição

O trabalho de demolição que começou nesta quarta-feira (24) está sendo feito pela Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva), com o uso de uma retroescavadeira. Nesta primeira etapa, serão demolidos os dois prédios vizinhos aos que desabaram.

Pela manhã, o trabalho começou no prédio de três andares, ainda em construção, no lado esquerdo do local da tragédia. Foi retirada manualmente uma estrutura de madeira que daria suporte para a construção do quarto andar e a máquina entrou em ação ao meio dia.

Segundo informações repassadas no local, o prédio à direita, com oito andares, vai começar a ser escorado hoje. Apenas após esse reforço estrutural a Defesa Civil poderá entrar no prédio para avaliar as condições de segurança para que os moradores possam retirar móveis ou apenas pertences pequenos, a depender da condição estrutural do edifício. Segundo a Seconserva, é possível que esse escoramento só seja concluído amanhã.

Apesar de ainda não estar totalmente concluído, o prédio, que tem a fachada com acabamento em ladrilhos vermelhos, já era habitado por quatro famílias, nos andares mais baixos.

A assessoria de imprensa da secretaria informou que, por enquanto, não vai retirar os escombros do local, para evitar que novas construções surjam no terreno.

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