Brasil

Reforma da Previdência não incluirá militares, diz ministro da Defesa

'Não é justo tratar igualmente quem é desigual', disse Raul Jungmann; o sistema em vigor para os militares permite ir para a reserva após 30 anos de serviço

Ter, 22/11/16 - 15h41

Os militares brasileiros não serão atingidos pela reforma da Previdência, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, nesta terça-feira (22), conforme reportagem do "site G1".  

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que o governo vai apresentar ao Congresso em dezembro, proporá mudanças apenas aos civis, deixando as regras de aposentadoria dos militares para um segundo momento. 

“Nós da Defesa apoiamos a reforma da Previdência. Sendo chamados, daremos a nossa contribuição, mas, no momento, estamos aguardando a finalização do primeiro processo”, disse Jungmann em audiência pública na Câmara dos Deputados. 

A PEC prevê aposentadoria somente aos 65 anos. Atualmente, o sistema em vigor para os militares permite ir para a reserva após 30 anos de serviço, o que leva muitos a se aposentarem antes dos 50 anos.

O ministro da Defesa ressaltou que a Constituição define que os militares são diferentes, e que a inclusão deles na PEC poderia gerar até insegurança jurídica. “Não é justo tratar igualmente quem é desigual”, disse Jungmann.

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