As batidas da bateria do bloco Unidos do Samba Queixinho, que desfilou neste domingo (11) partindo da praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, muitas vezes eram acompanhadas pelo som do abrir dos leques, que muitos dos foliões presentes empunhavam ao longo do trajeto. Mas muito mais que espantar o calor, esse item carrega um forte simbolismo: o da representatividade LGBTQIAPN+.

Entrevistados ouvidos pela reportagem disseram que segurar o leque, a maioria, inclusive, com as cores do arco-íris, disseram que segurar o leque é uma forma de demonstrar presença da comunidade gay.

A bateria do bloco Unidos do Samba Queixinho, que desfilou neste domingo (11) partindo da praça da Liberdade, muitas vezes era acompanhada pelo som de leques, que muitos foliões empunham ao longo do trajeto. O enfermeiro Luciano Soares, de 34 anos, disse que o símbolo foi… pic.twitter.com/XN2amDINn9

— O Tempo (@otempo) February 11, 2024

O enfermeiro Luciano Soares, de 34 anos, disse que o símbolo foi apropriado das drags queens. “É um símbolo que ficou conhecido por ser usado pelas drags, mas nós estamos usando também para fazer frente ao discurso da representatividade”, afirma.

Ele conta que usar o leque não é de agora, mas que, a partir deste carnaval, foi mais assimilado pela comunidade LGBT.

Outra pessoa que também portava o leque é o DJ Vinicius Pujoni, de 23 anos. “Estou usando por causa da onda. Também é uma forma de dizer que não estamos sozinhos”, afirma.

O estudante de teatro Gabriel Vieira, de 22 anos, concorda. “É um sinal de resistência, de alegria e de liberdade. Já virou um símbolo da comunidade LGBT”, pontua.