Com cortes na cabeça, na testa, no queixo e no peito, todos provocados por golpes de faca, uma jovem de 18 anos deu entrada no Hospital Alberto Cavalcanti, no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, no início da manhã desse domingo (18). Ela estava em uma festa, realizada numa casa da rua Itapoã, no bairro Pindorama, quando se envolveu em uma discussão com outra adolescente, por causa de um namorado antigo, e foi esfaqueada pela mãe dela, uma mulher de aproximadamente 40 anos. Uma amiga da vítima, uma menina de 14 anos, tentou defendê-la e também foi atingida.
Socorrida às pressas para a unidade médica, as duas mulheres receberam atendimento e o quadro de saúde de ambas é estável. Foram os médicos que as atenderam os responsáveis por acionar a Polícia Militar para denunciar o caso de agressão. Aos agentes que lá estiveram, a jovem de 18 anos contou apenas que estava na festa quando percebeu o início de uma confusão generalizada e acabou encontrando uma garota com quem tem um desafeto por causa de um antigo namorado. As duas iniciaram uma discussão e a mãe de uma delas, que estaria no local, decidiu defender a filha e desferiu facadas contra a rival.
Assim, a adolescente de 14 anos, quando viu sua amiga sendo esfaqueada, foi tentar ajudá-la e também acabou sendo golpeada, nas costas, no braço direito e no seio esquerdo. Após a ocorrência, policiais foram até a casa da suspeita, em uma rua próxima ao local do crime, mas não a encontraram e também não encontraram sua filha.
Festas regadas a bebida alcoólica e drogas, frequentadas por adolescentes, costumam ser recorrentes na casa onde tudo aconteceu. A denúncia foi feita por uma moradora do bairro Pindorama e, segundo ela, a mulher que desferiu as facadas nas duas jovens trabalhava como porteira durante o evento, quando percebeu que sua filha havia se envolvido em uma confusão. O motivo da briga entre a menina e a mulher de 18 anos, que efetivamente não eram muito próximas, teria sido um "pisão no pé".
A moradora também contou que, após o crime, amigos e parentes das duas meninas esfaqueadas tentaram linchá-la, mas a suspeita fugiu e, desde então, não voltou ao bairro. Essas informações não constam no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar mas, segundo a mulher, correm entre pessoas que vivem na região.
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