Movimentos populares contrários à operação do aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, vão participar de um encontro com o presidente Lula Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília para reforçar o pedido de desativação do aeródromo, que coleciona acidentes ao longo da história. O mais recente ocorreu no último dia 11.
O aeroporto tem previsão de ser desativado no próximo sábado (1º). Contudo, o governo de Minas articula a prorrogação desse prazo por seis meses. Representantes do Executivo estadual se reuniram com integrantes do governo federal nessa terça-feira (28) para tratar do tema. A União, no entanto, sinalizou pela manutenção da posição de encerrar as atividades em abril.
O vereador Bruno Pedralva (PT) é responsável por intermediar a ida dos movimentos populares a Brasília. “Vamos nos reunir com o Lula na semana que vem para deixar claro para o presidente que o desejo da população de Belo Horizonte é o fim da operação do aeroporto Carlos Prates”, afirmou.
Sobre as tratativas do governo de Minas para prorrogação do prazo de operação do aeródromo, Pedralva afirma que "a discussão sobre o assunto já está decidida pelo governo federal". "É uma demanda histórica da cidade. Queremos a utilização do espaço para construção de casas populares, áreas de lazer", afirmou.
A portaria nº 10.074/SIA, que definiu a desativação do aeroporto Carlos Prates, foi publicada em dezembro de 2022. O prazo gerou revolta de empresários. Conforme a Associação Voa Prates, o aeroporto conta com mais de 120 aeronaves, algumas desmontadas e em manutenção.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), se manifestou sobre a intenção do governo de Minas Gerais de estender por seis meses o fechamento do aeroporto Carlos Prates, Na avaliação do prefeito, o pedido de adiamento deixa a prefeitura de mãos atadas. "É como não fechar. Então nós recuamos e ficamos de braços cruzados esperando a destinação que eles vão dar para o terreno. A prefeitura não pode interferir na decisão do governo federal".