Agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, como a dengue - doença que, em 2019, já matou 67 pessoas em Minas Gerais -, de Belo Horizonte, entraram em estado de greve. Isso significa que eles não vão paralisar totalmente as atividades, mas intercalar os dias em que não vão trabalhar. Estão previstas paralisações para a próxima quinta-feira (13) e na terça-feira da semana que vem, dia 18 de junho. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (6) na praça da Estação.

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Pinheiro falou ao jornal O TEMPO que os agentes estão lutando pelo cumprimento da Lei Federal 13.708/18, que determina piso salarial para as categorias de R$ 1.250 previsto para ser pago desde janeiro deste ano. Ainda prevê reajuste anual para R$ 1.400 a partir de janeiro de 2020 e R$ 1.500 a partir do primeiro mês de 2021.

Hoje, os agentes recebem o salário de R$ 1.125, mais acréscimos salariais como insalubridade.

De acordo com Israel, o montante recebido não está sendo direcionado para os agentes. “O governo está mandando dinheiro para a prefeitura. Há, inclusive, um lei municipal que prevê, esse reajuste. E a prefeitura deveria fazer o repasse para a Câmara (dos vereadores), mas isso não está acontecendo”, detalha.

Ainda segundo Israel, é esperada uma adesão de 70% a 80% da categoria na paralisação.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, mas ainda não obteve retorno.