Avaliação de risco

ANM vistoria barragem de Brumadinho após vídeo questionar segurança

Depois da vistoria, a ANM garantiu que não há riscos e que a estrutura está segura

Por Natália Oliveira
Publicado em 21 de novembro de 2019 | 16:30
 
 

Depois da divulgação de um vídeo que questionava a segurança da barragem B6, em Córrego do Feijão, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, a Agência Nacional de Mineração (ANM) fez uma inspeção no local, nesta quinta-feira (21), e garantiu que tudo transcorre bem na barragem. 

Segundo a ANM, o acionamento para a inspeção foi feito a pedido da própria Vale, mineradora responsável pela barragem. No vídeo operários aparecem mostrando uma lama espessa correndo nas canaletas e um deles dize que se trata de rejeito que fica no fundo da estrutura e que seria uma “bomba relógio" - insinuando que pode haver um rompimento a qualquer momento. Os homens dizem ainda que não irão trabalhar no local.

Veja vídeo: 

Por meio de nota, a ANM informou que o vídeo mostra a saída pela canaleta do material que veio com o rompimento da Barragem I e ficou acumulado sobre a Barragem B6.  

"Por mais que tenha sido feita a raspagem do material à época, ainda sobraram resquícios. Foi plantada grama em cima do barramento para a recuperação do talude, mas, com as chuvas, o material escorreu, assoreando a canaleta. Os técnicos da ANM fizeram uma inspeção e verificaram que não há anomalias na estrutura, tampouco risco à segurança da barragem", garante a ANM. 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que questionou a Vale sobre a segurança na barragem e que a empresa  respondeu que há segurança e que não houve alteração na estabilidade da estrutura.

" A umidade encontrada nos tapetes de grama é resultado de água das chuvas ocorridas nas últimas semanas. Já o material visto nas canaletas é residual do rompimento da B1 que ficou acumulado na face do talude da B6. Com as chuvas, as águas transportaram o rejeito até as canaletas, sem comprometer a estrutura da barragem", respondeu a Vale ao MPMG.