Plano emergencial

Apesar da crise, Hospital Mário Penna garante atendimento aos pacientes

Presidente do Conselho de Administração do Instituto Mário Penna admitiu crise e demissões de funcionários, mas disse que atendimento continuará funcionando

Qua, 10/04/19 - 11h43

O Instituto Mário Penna, responsável pela gestão do Hospital Mário Penna e Hospital Luxemburgo, garantiu que as atividades nas unidades não serão suspensas por conta da crise financeira.

Em meio a boatos de que o Hospital Mário Penna seria fechado, a administração da unidade garantiu que os pacientes não serão afetados pela crise e que o instituto está apenas passando por um momento de reestruturação, cumprindo medidas previstas em um plano emergencial.

O instituto é referência no tratamento do câncer pelo SUS em Minas e atende pacientes vindos de 620 municípios do Estado.

Segundo Gilmar de Assis, presidente do Conselho de Administração, no plano de readequação, as cirurgias do Mário Penna foram transferidas para a unidade Luxemburgo entre o final do ano passado e início de 2019, mas continuam lá o ambulatório e o pronto-atendimento.

Demissões

Segundo Assis, desde a última sexta-feira (10), foram 164 demissões na área administrativa da associação, tanto no Mário Penna quanto no Luxemburgo. Nenhum desses funcionários estava ligado à área médica.

Segundo ele, havia quase 1.800 colaboradores. "Em 2012, eram 1.200 colaboradores. Vimos que esse excesso não representou maior produtividade. Ele representou um maior inchamento de folha", explica.

Ele diz ainda que as demissões não afetam a assitência e cumpre parâmetros do Conselho Regional de Medicina e o Conselho Regional de Enfermagem.

Dívida

O Estado tinha uma dívida de R$ 10 milhões com o instituto. Segundo Assis, cerca de R$ 1,6 milhão foram quitados na última semana. "Somos dependentes em quase 45% de recursos externos, ou seja, doações, emendas, empresas parceiras. Quando não temos episódio de não pagamento daquilo qua gente produziu, como foi o caso do Estado, isso impacta porque nós temos uma folha para quitar", diz.

Repasse

O instituto também recebeu uma antecipação de repasse de R$ 5 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte. "Foi repassado na última semana. Permitiu a compra de medicamentos, de insumos e ser feita a readequação de pessoal, sobretudo na folha administrativa", explica.

Ainda segundo Assis, novos ajustes deverão ser feitos ao longo desse plano emergencial. "Precisamos encontrar o equilíbrio", finaliza.

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