Após protestos, taxistas tomaram o plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte para uma reunião com vereadores e a presidência da Casa. No entanto, o Projeto de Lei (PL 1647/15), que trata da regulamentação do transporte individual de passageiros em casos de solicitação por aplicativo ou internet, o Uber, só será discutido em plenário na próxima segunda-feira (10).
A audiência marcada para as 9h30 desta quinta-feira (6) foi suspensa. A presidência alegou irregularidades em relação à Comissão em que o assunto seria tratado (Educação, Ciência, Tecnologia, Desporto, Lazer e Turismo) e sobre o prazo para solicitação. Em resposta, a categoria fechou o trânsito na avenida dos Andradas, nesta manhã.
O presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN), se reuniu com os vereadores Professor Wendel (PSB), que solicitou a audiência, e Preto (DEM).
Magalhães justificou a suspensão, dizendo que a audiência teria que acontecer na Comissão de Transportes e não na de Educação. Ele ressaltou que não poderia abrir essa brecha, para, depois, não ter que ceder também aos demais vereadores.
O presidente disse ainda que todos os 41 vereadores são conta o Uber. Porém, defende que o projeto seja enviado pelo prefeito Marcio Lacerda para que não haja projetos diversos de vários vereadores tramitando sobre o mesmo tema. Mesmo assim, garantiu que os assuntos relacionados ao Uber serão tratados em caráter de urgência.
O presidente do sindicato dos taxistas, Ricardo Faeda, também se manifestou. "É importante trabalhar para a aprovação dos projetos que proíbem o Uber, transporte clandestino. Mas não enxergo problema se o Uber, diante dessa proibição, trabalhar fazendo uma mediação entre o cliente e o taxista", disse.
Atualizada às 12h24