A Polícia Civil de São Paulo prendeu mais um suspeito de envolvimento no assalto a uma agência da Caixa que ocorreu em Itajubá, no Sul de Minas, na última quarta-feira (22). Um homem de 43 anos foi encontrado, na capital paulista, guardando armas, coletes à prova de balas e outros materiais supostamente utilizados no crime

Ele alegou que tinha recebido R$ 1.000 para guardar o armamento por alguns dias e confirmou que ele havia sido utilizado no roubo em Itajubá. A carga seria levada para a comunidade do Heliópolis, em São Paulo, segundo o homem. Na delegacia, autuado em flagrante por roubo e posse ou porte ilegal e arma de fogo de uso restrito, ele passou mal e foi socorrido ao Pronto-Socorro. 

Essa é a segunda prisão efetuada em meio às investigações sobre o crime. A primeira, de um homem de 33 anos, ocorreu instantes após o tiroteio entre a polícia e os assaltantes, na quarta. A Polícia Militar de Minas Gerais estima que pelo menos 12 pessoas estejam envolvidas no crime. 

Relembre o assalto em Itajubá

No fim da noite da última quarta-feira (22) Itajubá, cidade do Sul de Minas com cerca de 100 mil habitantes, foi alvo de uma ação ousada de criminosos do chamado "novo cangaço". Cinco pessoas - quatro policiais e um estudante de engenharia - acabaram feridos após intenso tiroteio durante a ação, que teve como alvo uma agência da Caixa Econômica Federal na região central do município. 

Um dos militares está com uma fratura na perna, enquanto outro foi atingido por um disparo de fuzil no braço. Esse último passa por cirurgia. O tenente-coronel pontuou que a munição de fuzil é capaz de transfixar pessoas, obstáculos e barreiras.

Até a noite dessa sexta-feira (24), a operação da polícia continuava na região, em uma área de aproximadamente 6.200 km² entre as cidades de Brazópolis, Maria da Fé, São Lourenço, Santa Rita do Sapucaí, Estiva e até Extrema.

Segundo a porta-voz da Polícia Militar mineira, major Layla Brunnela, detalhar especificamente onde estão sendo as buscas poderia deixar os policiais ainda mais expostos, e por isso há poucas informações sobre o trabalho.

Entretanto, diante dos locais onde veículos usados pelo bando foram encontrados, acredita-se que eles utilizaram pelo menos duas rotas de fuga.