Ouro Preto

Associação de repúblicas federais nega humilhações

Moradias estão ociosas por “receio”, e denúncias não mostram vítimas e agressores, diz entidade

Sáb, 23/08/14 - 03h00
Segundo a Refop, transformações nas repúblicas eliminam falhas | Foto: DENILTON DIAS / O TEMPO

A Associação das Repúblicas Federais de Ouro Preto (Refop) se manifestou nesta sexta, em nota, sobre uma série de relatos de estupro, homofobia e sobra de vagas nas casas por conta de humilhantes processos de seleção. Os casos vêm sendo mostrados por O TEMPO há cerca de duas semanas. Segundo a entidade, as moradias não estão totalmente ocupadas por “receio” dos alunos que chegam à cidade, na região Central.

“O calouro chega à universidade e já vê pessoas que nunca entraram em uma república federal – ou passaram por lá há muito tempo – passando uma imagem de que os estudantes veteranos humilham os calouros, os obrigam a fazer tarefas degradantes e a ingerir bebidas alcoólicas, fatos que não são verdadeiros”, declarou a Refop.

A associação alega que a sobra de vagas não é exclusividade das federais de Ouro Preto. “Em Mariana sempre há editais convocando pessoas a ocuparem as vagas”, diz o texto. No entanto, a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) informou, em nota, que todas as 64 vagas disponíveis em Mariana, na mesma região, estão preenchidas atualmente, enquanto em Ouro Preto, cerca de 180 das 769 vagas gratuitas estão ociosas.

‘Batalha’. Segundo a Refop, as repúblicas vêm passando por transformações ao longo dos anos e eliminando falhas que existiam, como os trotes. A associação defende que atribuir ao calouro a tarefa de fazer o café da tarde durante a “batalha” – como é chamada a seleção de alunos a uma vaga –, embora muitos considerem trote, é atividade “pequena perto de toda a organização administrativa da casa que cabe aos outros moradores”.

Sobre os relatos de estupro de mulheres em festas e de homofobia, a nota da Refop se manifestou totalmente contrária a qualquer ato criminoso. “Não queremos é ser atacados por uma série de denúncias sem vítimas ou agressores.”

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