Investigação

Casal que passou mal após tomar Belorizontina presta depoimento em BH

Jovens, de 18 e 22 anos, beberam a cerveja no dia 4 de janeiro, durante uma festa de aniversário; eles passaram dois dias internados

Qua, 22/01/20 - 12h03
Casal teve sintomas de intoxicação após tomar Belorizontina | Foto: Arquivo Pessoal

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Dezoito dias após optar por beber uma Belorizontina em uma festa no bairro Estoril, na região Oeste de Belo Horizonte, o casal de namorados Geovana Silva Bastos, 22, e Caio César Moreira Nascimento, 18, ainda tenta conviver com o que seriam sequelas da intoxicação por dietilenoglicol.

Os dois compareceram à 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro na manhã desta quarta-feira (22) para prestarem depoimento sobre o caso. Mesmo após o tratamento, ela lida com a dificuldade em enxergar e ele ainda trata os reflexos da possível intoxicação no estômago. 

Os casos dos dois ainda estão listados como 'em investigação'. O casal consumiu uma longneck de 350 ml da Belorizontina no dia 4 de janeiro durante a comemoração de aniversário de uma prima do rapaz. Geovana disse ter tomado apenas “um gole” da cerveja.

“Foi para experimentar mesmo. No domingo, a gente já acordou com dor no pescoço, irradiava da cabeça para os ombros. A gente achou que tinha dormido de mal jeito. Na segunda, ele me avisou que estava com mal estar, eu também estava. Depois a visão do meu olho direito ficou bem turva. A gente não acreditava que era isso. Aí ele começou a ter dor abdominal e a vomitar sangue”, contou Geovana. 

Geovana e Caio ficaram internados do dia 10 ao dia 12 de janeiro, no Hospital Júlia Kubitscheck, em observação. “Colheram os exames para verificar se era a substância. Após os exames serem repetidos e não ter mais nenhuma alteração renal e hepática, eles liberaram porque já desenvolve mais em 72 horas e a gente ficou em observação, o hospital estava lotado, em situações muito precárias. Só ficaria pronto em 30 dias o exame e não estávamos mais em fator de risco”, disse. 

“Foi a primeira vez que fiz o consumo, por curiosidade mesmo, mas foi mal sucedido. A gente espera que seja feita justiça porque é algo que tem trazido prejuízo para as pessoas, físicos, emocionais e irreversíveis. Eu havia comentado que estava com medo de ser, caso confirmado. Eu senti medo. De verdade”, completou Caio Nascimento, que ainda toma medicações para lidar com os problemas estomacais gerados.

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