A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) cobrou do prefeito Alexandre Kalil (PSD) a abertura de leitos na capital mineira para atender pacientes infectados pelo novo coronavírus. 

Por meio de nota, a entidade citou anúncios feitos pela Prefeitura BH sobre abertura de novos leitos de UTI. 

"No dia 29 de maio, a prefeitura anunciou que poderia criar imediatamente mais 509 leitos de UTI. Que poderia passar de 220 para 729 leitos exclusivos para a Covid. Disse mais: que poderia passar de 647 para 1.752 os leitos de enfermaria. Fica a pergunta: por que, em vez de novamente sacrificar o comércio, em vez de provocar mais uma quebradeira de empresas e a perda de milhares de empregos, a prefeitura não abre estes leitos?", questionou a entidade. 

Na sexta-feira, após o prefeito anunciar o retorno na flexibilização do comércio da capital, a CDL divulgou outra nota criticando Kalil e citando o sacrifício dos comerciantes da cidade para cumprir os protocolos determinados pelo Executivo municipal.

O prefeito determinou que, a partir de segunda-feira (29), apenas os estabelecimentos que prestam serviço essencial estão autorizados a abrir as portas. 

A maior preocupação apresentada pelo prefeito foi o aumento da ocupação dos leitos nos hospitais da capital, o que poderá levar a um colapso no atendimento dos pacientes com o novo vírus. 

Resposta 

Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a PBH informou que colocou em funcionamento nos últimos dois dias 34 leitos para atender pacientes com a Covid-19, sendo 15 de UTI e 19 de enfermaria.

"Somente em junho, foram abertos 232 leitos Covid na Rede SUS/BH - 81 UTIs e 151 enfermarias. Somando as unidades Covid de enfermaria (798) e UTI (301), o SUS-BH conta hoje com 1.099 leitos. Em março eram 196 leitos Covid, sendo 82 UTI e 114 de enfermaria. O aumento da oferta de unidades para o atendimento de pacientes acompanha o planejamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos hospitais e a evolução dos indicadores epidemiológicos e assistenciais em relação à pandemia", diz a nota da PBH.