Auxílio

Cerca de 30 militares do Exército atuam em apoio a vítimas de chuva em Contagem

Duas pessoas morreram durante as fortes chuvas na cidade

Por Pedro Ferreira e Rafaela Mansur
Publicado em 25 de janeiro de 2020 | 16:03
 
 
Exército vai ajudar prefeitura na assistência a moradores desalojados ou desabrigados Foto: Prefeitura de Contagem/ Divulgação

Cerca de 30 militares do Exército já atuam na assistência às vítimas das chuvas em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, neste sábado (25). Um dia antes, o prefeito da cidade, Alex de Freitas (sem partido), havia pedido ajuda à corporação. Contagem já registra duas mortes ligadas à chuva.

O foco dos militares é a retirada de moradores que vivem em residências localizadas sob torres de transmissão de energia elétrica da Cemig instaladas na cidade. Na madrugada deste sábado, uma torre de alta tensão da companhia desabou e ficou apoiada nos cabos elétricos de outras torres, que também ameaçam cair. Segundo a Prefeitura de Contagem, técnicos da Cemig avaliam o risco das estruturas.

"De ontem para hoje (sexta-feira para sábado), a situação se agravou muito em função dessa queda de torre de transmissão. A Cemig está mobilizada, a gente está acompanhando com muito cuidado, mas o mais importante agora é a mobilização das pessoas que vivem ali", afirmou o prefeito Alex de Freitas.

Os militares do Exército também vão apoiar a retirada de moradores do Morro do Cabrito, no bairro Colorado, onde há grande risco de deslizamento de terras. A Justiça de Minas Gerais concedeu uma liminar determinando a retirada compulsória das pessoas – aquelas que resistirem podem responder pelo crime de desobediência e pagar multa diária de R$ 500.

"O Exército tem auxiliado em todas as frentes, ajudando na segurança, na organização, naquilo que eles têm expertise, garantindo confiança para a população e, sobretudo, passando essa imagem de segurança", disse o prefeito.

Segundo ele, as pessoas estão resistindo muito a deixar suas casas. "É compreensível num primeiro momento, mas todos nós vimos que a intensidade da chuva e o volume de água são completamente fora da média histórica. É um problema muito grave", pontuou Freitas. As famílias que não poderão voltar para a casa vão receber bolsa-moradia.