Cinco das 14 macrorregiões de Minas estão sem leitos de UTI disponíveis

Assim como o número de casos de coronavírus, a ocupação de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Minas Gerais também não para de crescer. Das 14 macrorregiões, cinco não têm mais leitos de UTI disponíveis, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgados nesta terça-feira (16).

Veja quais são as macrorregiões nesta situação e quantas unidades desse tipo elas tinham à disposição da população na rede pública de saúde:

Vale do Aço - 115 leitos
Nordeste - 18 leitos
Triângulo do Norte - 183 leitos
Leste - 38 leitos
Jequitinhonha - 20 leitos

Outras duas macrorregiões têm essa taxa de ocupação de 90% ou mais: Sudeste (339 leitos) e Noroeste (63 leitos).

De acordo com a SES, ao todo, Minas tem 2.855 leitos de UTI, sendo que 2.051 estão sendo utilizados (72,76%). Trezentos e setenta e dois pacientes internados (13,20%) têm confirmação ou suspeita de coronavírus.

Enfermaria

Já em relação aos leitos de enfermaria que o Estado dispõe pelo Sistema Único de Saúde (SUS), duas macrorregiões já atingiram 100% de sua capacidade: Centro, que tem 3.772 leitos, e Triângulo do Norte, que possui 652 leitos de enfermaria. Não há outras macrorregiões com taxa de ocupação superior a 90%.

Na somatória, o Estado possui 12.928 leitos de enfermaria, sendo que 8.896 estão sendo utilizados (73,15%). Nesses locais, 1.113 (9,15%) enfermos têm suspeita ou confirmação de Covid-19.

Reforço

Nesta terça-feira, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou que Minas vai receber 79 novos leitos de UTI no interior, somando 2.934 leitos do tipo. Os leitos serão distribuídos entre as cidades de Lavras, Itaúna, Ipatinga, Patrocínio, São Sebastião do Paraíso, Divinópolis, Ouro Preto, João Monlevade, Coronel Fabriciano, Montes Claros, Unaí, Governador Valadares, Barbacena, Teófilo Otoni, Salinas, Lagoa da Prata Uberlândia, Taiobeira e Conselheiro Lafaiete.

“Hoje, a estrutura do Estado é muito superior àquelas que tínhamos há 90 dias, quando a pandemia chegou. De lá para cá, tivemos tempo de estruturar a saúde”, afirmou o governador. Ele e o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, reforçaram que o hospital de campanha montado no Expominas, em Belo Horizonte, está apto a começar a funcionar assim que for necessário, mas que isso não ocorrerá até que a capacidade dos demais hospitais do Estado esteja comprometida.

De acordo com o boletim epidemiológico da SES desta terça-feira, Minas Gerais tem 22.024 infectados pela doença e 502 óbitos. Saiba mais AQUI.