Lojistas da capital mineira começaram esta semana com a esperança de que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) autorize, pelo menos, mais um dia de funcionamento a partir da semana que vem. Além disso, os comerciantes pretendem pressionar a PBH pela abertura imediata de bares e restaurantes. 

Mas o avanço na flexibilização depende do comportamento da pandemia de coronavírus na capital entre os dias 6 de agosto e a próxima quarta-feira (19). O período corresponde às duas semanas definidas pelo comitê de combate à Covid-19 da prefeitura para definir novas ações de contenção da pandemia.  

O comitê vai se reunir ao longo desta semana para concluir a análise do impacto do início da reabertura, às vésperas do Dia dos Pais, nos índices de monitoramento da Covid-19 em Belo Horizonte. “Temos que ainda ver os dados de sábado (15) até quarta-feira (19), quando temos 15 dias a partir da abertura”, explica o infectologista Unaí Tupinambás, membro do grupo que aconselha a PBH sobre a situação da pandemia na capital. 

A PBH informou que a reunião do comitê acontece na quarta-feira, para analisar os números após duas semanas da reabertura. E as sugestões do conselho serão submetidas ao prefeito Alexandre Kalil, na sexta-feira (21), quando o Executivo municipal deve decidir as medidas a serem adotadas em relação ao comércio. 

As restrições de dias e horários de funcionamento do comércio vem sendo alvo de críticas por parte de comerciantes de Belo Horizonte. Eles esperam que, na próxima semana, a prefeitura permita pelo menos mais um dia de portas abertas “Nossa esperança é de negociar com a prefeitura a abertura de mais um dia na próxima semana: terça, quarta, quinta e sexta. Então, nós estamos pedindo uma reunião com a prefeitura, ainda sem data marcada, para negociar isso e a abertura imediata de bares e restaurantes, talvez ainda neste fim de semana”, disse o presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindlojas-BH), Nadim Donato. 

O setor de bares e restaurantes segue funcionando apenas por delivery. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) explicou que sugeriu uma série de medidas à prefeitura. “A gente está em negociação constante. Várias coisas que estão no protocolo são sugestões nossas: fechamento de quarteirões e isenções de taxas, por exemplo. São negociações da Abrasel com a prefeitura”, informou a entidade por meio da assessoria de comunicação. 

O funcionamento aos sábados é outro pleito dos lojistas. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, defende que o fechamento nesse dia da semana é um dos principais motivos do prejuízo no comércio. “Dia de sábado e dia fundamental de venda. Durante a semana as lojas fazem uma venda para manter o negócio. E durante o sábado fazem a venda melhor, para reinvestir e comprar novas mercadorias”, diz.

O presidente da CDL-BH ainda pede que academias e clubes sociais voltem a funcionar. Segundo o protocolo da prefeitura, esses estabelecimentos serão autorizados a abrir apenas na última fase de flexibilização devido ao alto risco de infecção.