Na Grande BH

Copasa e prefeituras discutem carnaval na Várzea das Flores

Folia à beira da represa, conhecido espaço de lazer entre Contagem e Betim, também estaria ameaçada pela crise hídrica; decisão sai na próxima segunda-feira (9)

Por Gustavo Lameira
Publicado em 05 de fevereiro de 2015 | 16:17
 
 
Vargem das Flores está com apenas 27,8% de sua capacidade Alex de Jesus/O Tempo

Copasa, as prefeituras de Contagem e Betim mais a Defesa Civil Estadual, Bombeiros e Polícia Militar estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira (5) para definir sobre o carnaval na lagoa Várzea das Flores, região metropolitana de Belo Horizonte.

Assim como em outras partes de Minas, é possível que as medidas para economia de água impeçam a folia à beira da lagoa, conhecido ponto de lazer entre Contagem e Betim, que costuma receber cerca de 5.000 pessoas durante o carnaval. A represa é responsável por parte do abastecimento da Grande BH e está apenas com 27,8% de sua capacidade.

De acordo com o diretor de de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Perilli, a restrição é uma medida preventiva e necessária para a preservação dos recursos hídricos. Dessa forma, a abertura ao público no período poderia comprometer o pouco recurso restante, sujeito, por exemplo, a poluição e contaminação, por conta do descarte inadequado de recursos sólidos feito pelos visitantes.

A possibilidade de afogamentos e acidentes com crianças, devido à presença de resíduos sólidos e outros materiais nas margens que agora estão expostas, também preocupa os órgãos de segurança, que prometem ação intensificada e em parceria para garantir a segurança no local.

O conteúdo discutido na ata da reunião promovida pela Defesa Civil será apresentado na próxima segunda-feira (9), em um novo encontro da força-tarefa criada para gerir o abastecimento de água no Estado.

Caça-Gotas

Nesta quinta (5), foi lançado pela Copasa o programa Caça-Gotas, em que 40 equipes especializadas terão a função de detectar desde vazamentos até rompimento de canos e adutoras, resolvendo essas questões em menor tempo possível. O tempo médio atual é de nove horas.

De acordo com a empresa, as perdas de água, em que estão incluídas também as ligações clandestinas, os chamados "gatos", chegam a 40% da água tratada. Somente em 2014, a Copasa identificou 1.044 ligações clandestinas, o que dá uma média de 20 irregularidades identificadas a cada semana.

Atualizada às 18h15