No pico de casos de coronavírus em Minas Gerais, estimado para 8 de junho, 1.647 pessoas devem demandar leitos de terapia intensiva, de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (12), ele disse que o Estado tem “capacidade operacional e assistencial” significativa e que, atualmente, 6% dos leitos de UTI estão ocupados por pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19.
“Hoje, entendemos que teríamos em torno de 3.005 casos no Estado, sendo que casos com necessidade de terapia intensiva (seriam) em torno de 1.647. O que está parecendo é que temos mantido uma tendência de estabilizar essa necessidade de demanda de casos próximo de 3.000 ou de 1.600 leitos de terapia intensiva”, afirmou Amaral.
Segundo o secretário, 63% dos leitos de terapia intensiva e 66% dos leitos clínicos estão ocupados atualmente em Minas. “A tendência é que ainda tenhamos um pouco mais de achatamento (da curva de casos) antes de entrar no platô, que é o objetivo maior de todas as medidas que estamos adotando, mas não entendemos que haja uma redução tão importante nessa demanda, e é por isso que estamos fazendo todo um preparo para ampliar o número de leitos”, disse.
O secretário de Estado de Saúde voltou a defender as medidas de distanciamento social em Minas como forma de reduzir o contágio e a transmissão do coronavírus. “Isso é fundamental, talvez a única medida que poderíamos ter certeza neste momento”, pontuou. “O uso da máscara auxilia nesse distanciamento social, a higiene das pessoas, não levar as mãos ao rosto, tomar cuidado ao chegar em casa para não deitar em cama com roupa suja, não andar com sapato sujo em casa, esses cuidados vão permitir que retornemos ao nosso dia a dia o mais próximo do normal na maior brevidade possível”, avaliou.
Minas Gerais tem, até o momento, 3.435 casos e 127 óbitos confirmados por coronavírus. Há, ainda, 101.496 casos e 118 mortes em investigação pela doença no Estado.
Em pronunciamento durante a entrevista coletiva, o governador Romeu Zema (Novo) lamentou os óbitos no Estado, mas disse que a situação de Minas Gerais “continua segura”.
“Lembro que nós estamos ampliando continuamente nosso colchão de segurança. Nosso hospital de campanha com 768 leitos está lá para ser utilizado assim que demandado”, afirmou Zema, referindo-se ao hospital montado no Expominas, em Belo Horizonte.
Ele ressaltou, ainda, a compra de equipamentos de proteção individual realizada pelo Estado para municípios e a aquisição de 1.047 respiradores, com recursos do depósito judicial realizado pela Vale e pela Samarco, que serão entregues a partir do próximo mês.
“Temos, ainda, nos mobilizado. Já ampliamos no interior do Estado 368 leitos de UTI, nada disso ainda foi utilizado”, disse o governador, destacando que 70% dos municípios mineiros não têm casos confirmados de coronavírus.