Após o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, uma força-tarefa formada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e governo de Minas irá vistoriar as principais edificações e conjuntos históricos do Estado.

A decisão foi tomada nessa segunda-feira (3) em uma reunião para avaliação conjunta da segurança dos museus, monumentos históricos e parques naturais em Minas.

Estiveram presentes no encontro o governador Fernando Pimentel se reuniu com o Comandante-Geral da corporação, Coronel Cláudio Roberto de Souza, o secretário de Cultura, Angelo Oswaldo, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, e o coordenador da Defesa Civil, Coronel Fernando Arantes. 

O Coronel Cláudio Roberto de Souza explicou que a força-tarefa terá caráter educativo, com o objetivo de orientar os responsáveis pelas edificações. “Vamos realizar visitas de orientação nos equipamentos onde existem esse acervo histórico de valor inestimável e dar as orientações devidas, juntamente com os outros órgãos, para atuar preventivamente nesses setores com interesse na segurança do público e dos bens”, afirmou.

O militar diz que a iniciativa estará agora centrada nos bens de valor cultural, para que sejam obtidas informações objetivas sobre a situação geral do Estado. Equipes das Secretarias de Cultura e de Meio Ambiente vão participar da operação, além de atuar nos monumentos materiais e naturais pertencentes ao Estado.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Germano Vieira, a pasta está alerta para atualizar todas as regras de segurança em suas unidades, a exemplo da troca programada de extintores, da avaliação de sinalização de emergência, além da revisão dos planos de prevenção e combate a incêndios e pânico.

História perdida

Na noite de domingo, o país perdeu parte significativa de sua história com o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Em Minas, menos da metade dos espaços museológicos cadastrados no sistema informatizado do Corpo de Bombeiros tem comprovante de que a edificação tem condições mínimas de segurança contra chamas. Dos 31 museus presentes na lista, apenas 15 têm o chamado Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

Em 2013, um incêndio no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas levou à perda de um fóssil de cutia de 10 mil anos, conforme lembrou o atual coordenador do museu, Bonifácio José Teixeira. Apesar de o fogo não ser mais ameaça, o museu sofre com falta de recursos, de acordo com Teixeira.