Um homem morreu e outro ficou soterrado por mais de seis horas antes de ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros, após serem soterrados, na tarde desta terça-feira (21), em uma obra de um prédio no bairro Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. 

Segundo os bombeiros, uma das vítimas, um homem de 55 anos, não sobreviveu ao desmoronamento. A coorporação retirou o corpo por volta das 22h. 

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O homem, de idade entre 40 e 50 anos, que foi resgatado com vida foi soterrado de pé, numa área de 1,20 metros por 80 centímetros de largura e quatro metros de profundidade, segundo os bombeiros . A equipe conseguiu acessar a cabeça dele e ministrar oxigênio a tempo para mantê-lo com vida. Por volta das 21h, os militares conseguiram tirá-lo com vida. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o operário estava consciente e foi encaminhado para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII. Os homens ainda não foram identificados.

O acidente aconteceu após uma estrutura da obra, de um prédio residencial na rua Palmira, desmoronar sobre os homens. Três viaturas foram encaminhadas ao local.

 Posicionamento da empresa

O advogado da empresa, Luiz Fernando Caravita, informou que no momento do acidente seis operários trabalhavam na obra, que ainda está em fase inicial. Os dois que foram soterrados trabalhavam na contenção de divisas. “Estamos tentando entender o que aconteceu, mas nesse momento a prioridade é o resgate. A obra é completamente regular, tem alvarás e todas as licenças”, explicou.

Ainda segundo o advogado, os funcionários soterrados utilizavam equipamentos de segurança e como a obra era pequena, não necessitava da presença de um técnico de segurança do trabalho. A empresa informou que no momento do acidente o engenheiro responsável pela obra estava no local.

Sindicato diz que tentou agendar reunião com empresa

O vice-presidente do Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e Região Metropolitana, Vilson Valdez, diz que a entidade já havia entrado em contato com a empresa responsável, em outubro de 2019, para tratar sobre as condições da obra para os funcionários.

“Madeirite espalhado, alguma pontas de ferro com monte de terra em volta. Então isso tudo propicia que lá na frente vá ter um acidente”, explicou.

O representante do sindicato confirmou que houve uma visita à obra na época e via contato telefônico, tentou agendar uma reunião com a empresa. Apesar disso, nada foi documentado.

 

Atualização às 7h41 de 22/01/2020