Região metropolitana de BH

Dois são presos em Santa Luzia com drogas de Afeganistão, Paquistão e Marrocos

Suspeitos alegaram à polícia que as drogas seriam vendidas em bairros nobres de BH e em festas rave; eles teriam comprado as substâncias pela internet

Sex, 06/03/20 - 07h07
Drogas teriam sido compradas pela internet e seriam distribuídas em bairros nobres de Belo Horizonte | Foto: Polícia Militar/Divulgação

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Afeganistão, Paquistão, Marrocos e Jamaica são apenas algumas das origens de drogas encontradas em uma loja de celulares em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, e em uma casa na região de Venda Nova.

Apesar da pouca quantidade apreendida, as porções de skunk, também conhecido como "supermaconha", haxixe, ecstasy e MDMA estão avaliadas em R$ 300 mil. O diferencial que justifica o elevado custo, para os militares que atenderam a ocorrência, está na qualidade da droga comercializada pelos dois suspeitos, que têm 28 e 30 anos. 

Os criminosos acabaram presos na noite dessa quinta-feira (5) após uma operação da Polícia Militar. Os agentes receberam a informação de que um carregamento de drogas caras havia chegado a uma loja para conserto de celulares na avenida Brasília, no bairro São Benedito, e então montaram um esquema para surpreender os suspeitos.

"Nós preparamos uma operação e deslocamos para o local. Chegando lá, realizamos buscas e encontramos cerca de 5 kg de maconha tipo skunk, que é uma maconha mais elitizada, e balanças de precisão. Um dos suspeitos (o dono da loja) nos levou até a casa dele, lá encontramos 1 kg de haxixe marroquino e paquistanês, 112 comprimidos de ecstasy, três pedras brutas de MDMA, uma estufa e outros materiais para cultivo de droga", detalha o tenente Rocha Júnior, à frente da ocorrência. 

Do lado de fora, próximo ao muro da casa deste suspeito, foi apreendido um revólver calibre 32. No entanto, não foi possível vincular a posse da arma ao homem preso. 

Droga seguiria para bairros nobres

À polícia, os dois suspeitos confessaram ser os proprietários da droga e declararam ter recebido todos os entorpecentes por um serviço de entrega através dos correios. Eles teriam comprado as substâncias pela internet. 

"As origens das drogas estão nas embalagens. Os dois disseram que o carregamento chegou ontem mesmo (quinta-feira). Eles contaram que armazenariam as substâncias para depois distribuir", explica o tenente.

Os suspeitos declararam ainda que os entorpecentes seriam vendidos para moradores de bairros nobres de Belo Horizonte e para frequentadores de festas conhecidas como "raves". 

"Nós sabemos que a quantidade apreendida da droga está estimada em R$ 300 mil. Como é uma droga mais elitizada, usada na alta sociedade, o preço por grama dela é elevado", conclui. 

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