Luta

Dona de doceria no Barreiro tenta reerguer negócio após incêndio

Apesar do incidente, a loja Doce Sonho, que possui 13 funcionários, continuou funcionando

Dom, 20/10/19 - 17h51

“Vinte anos de luta viraram cinzas em questão de minutos e eu assisti todo o trabalho de uma vida virar chamas de camarote”. A frase da empresária Cristina Edineia da Silva, de 53 anos, que teve seu restaurante completamente destruído na última sexta-feira (18) no Barreiro resume a situação da família e dos 13 funcionários da doceria Doce Sonho. Com o segundo andar completamente destruído, o negócio tem lutado para não amargar nos prejuízos que já chega a R$ 80 mil.

Sem seguro para casos de incêndios, a suspeita, segundo Cristina, é que o incêndio tenha ocorrido após um vazamento de gás. “Cerca de 30 minutos antes do incêndio nós pedimos um novo gás. Segundos antes da explosão, uma das cozinheiras gritou e disse que o gás ia explodir. Só deu tempo de gritar para todo mundo sair e assistir tudo virar cinza da calçada”, relembra a empresária. Ninguém ficou ferido. Segundo Cristina, o incêndio aconteceu menos de 30 minutos do estabelecimento abrir para o público. 

Prejuízos

O estabelecimento funcionava há cerca de 10 anos no bairro Milionários. No final do ano passado, devido a crise, Cristina resolveu abrir um restaurante self service no segundo andar da casa para expandir o negócio. No primeiro andar funciona a doceria.

De acordo com a empresária, após o incidente, a loja de doces continuou funcionando normalmente. Na próxima semana, ela se prepara para abrir o restaurante também no primeiro andar. “Nós continuamos funcionando no primeiro andar, não fechamos. As pessoas acharam que tudo foi destruído, mas não. Com isso, além do prejuízo do incêndio, muitas pessoas não vieram e cancelaram seus pedidos. Foram pelo menos 15 bolos feitas e as pessoas não buscaram”, lamenta. Segundo ela, o prejuízo com a falta de clientes e os cancelamentos passaram de R$ 4 mil somente neste final de semana.

“A gente sempre trabalhou muito, com muita esforço. Vai ser com garra para poder começar praticamente do zero”, afirma a Cristina. Segundo a empresária, nesta semana a perícia da empresa de gás teve ir ao local para verificar as causas do acidente. 

“Perdi muita geladeiras, fogões, equipamentos e comidas. É difícil colocar a cabeça no lugar e vê como refazer o segundo andar, mas temos que trabalhar. Enquanto isso, vamos dar um jeito de focar todas as atividades no primeiro andar. Não é só a minha família que depende, são 13 funcionários também”.

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