A Prefeitura de Belo Horizonte informou, nesta sexta-feira (30) que o “espaço do grau” terá seu último dia de funcionamento neste sábado (31 de dezembro). O Executivo não quis renovar a cessão do local e afirmou que vai fiscalizar o ambiente para que as atividades não permaneçam.   

Sem dar detalhes sobre novos projetos, a prefeitura disse que “o local é um espaço público de interesse da Prefeitura de Belo Horizonte”. Ainda segundo o Executivo, haverá "fiscalização da Guarda Municipal prestando apoio aos fiscais de controle Urbanístico e Ambiental da Subsecretaria de Fiscalização (SUFIS)”. Questionada se haveria algum tipo de fiscalização nas ruas da cidade para inibir a prática, a PBH se limitou a dizer que “esse tipo de manobra em via pública é proibida pelo Código de Trânsito Brasileiro”.  

O vereador Bim da Ambulância, que foi o autor do projeto que tornou Belo Horizonte a “capital nacional do grau”, além de ser um dos articuladores para que o espaço na avenida Clóvis Salgado fosse cedido, disse que o local acaba, mas o grau não. “Pode ter certeza que o grau continua. O grau não acaba, não. A gente só está tentando organizar um local adequado, direcionar o grau para essa área, mas voltando a não ter espaço, pode ter certeza que nós vamos ver o grau sendo praticado (na cidade). Por mais que alguns não aceitem e não entendam, o esporte, a arte, vai continuar”, afirmou. Indagado se essa continuação seria em via pública, ele não negou, disse apenas esperar que o esporte seja praticado só em eventos fechados, mas que quem vive a realidade do grau "sabe como é", não citando explicitamente a prática nas ruas. 

Sobre o fim da cessão do espaço, o parlamentar afirmou que “é a teoria do manda quem pode, obedece quem tem juízo”. O vereador ponderou que durante o uso da arena do grau, tudo foi feito de forma organizada, tinha responsáveis e não houve nenhuma ocorrência de acidente ou policial.    

Ainda segundo o político, ele teve uma reunião prévia com o prefeito Fuad Noman (PSD) para definir os rumos do movimento nos próximos meses. No final de janeiro, ele deve apresentar uma proposta à PBH para usar o espaço apenas aos fins de semana enquanto nenhuma construção é erguida no local. Caso contrário, ele deve indicar outros três espaços com potencial para receberem o movimento.