Aniversário

Essenciais para a maioridade do Super, jornaleiros celebram parceria com jornal

Esses profissionais abriram as portas de seus estabelecimentos em 2002 e cederam espaço cada vez maior para o Super

Por Rafaela Mansur
Publicado em 01 de maio de 2020 | 03:00
 
 
Dono da banca Agência de Notícias, localizada dentro da estação Eldorado, Rangel Duarte Pires, 44, diz que sempre apostou no Super Foto: Ramon Bitencourt

Para que o Super completasse 18 anos nesta sexta-feira (1º), uma categoria foi essencial: a dos jornaleiros, que comandam as tradicionais bancas de jornal em Belo Horizonte, na região metropolitana e no interior do Estado. Foram esses profissionais que abriram as portas de seus estabelecimentos e cederam espaço para aquele recém chegado tabloide ao mercado, em 2002, e contribuíram para o alcance cada vez maior da publicação.

Dono da banca Agência de Notícias, localizada na estação Eldorado, em Contagem, na região metropolitana, Rangel Duarte Pires, 44, diz que sempre acreditou no Super. Trabalhar com informação é um negócio de família: aos 8 anos de idade, ele vendia jornais no semáforo, e, há 28 anos, cuida da banca. Rangel já virou uma referência na estação, onde todos o conhecem.

"Eu lembro quando o Super surgiu. Na época, muitas pessoas achavam que ele não ia para a frente, mas eu sempre apostei no jornal, inclusive minha loja foi a que mais vendeu o Super em toda a região metropolitana por muito tempo", conta, acrescentando que o tabloide aniversariante do dia é o que mais vende na banca, "disparado".

Para Rangel, o fato de o Super ser um jornal colorido, com muitos serviços e classificados, torna-o querido pelo público. As vendas na loja dele ocorrem principalmente pela manhã, quando as pessoas passam ali antes de pegar o metrô para trabalhar. "A pessoa pega o Super, lê dentro do metrô e, muitas vezes, deixa lá mesmo para outros lerem, é um jornal que circula muito", diz. "Espero que a parceria continue, eu vou continuar apostando no Super", completa.

Letícia Parreira de Oliveira, 30, e a irmã ajudam a mãe, Zenaide, 79, a cuidar da banca da família no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul da capital. Dona Zenaide comprou a banca ainda solteira, quando veio do interior para a capital, há mais de 50 anos.

Em tempos de pandemia de coronavírus, ela fica em casa, e as filhas criaram um esquema especial para continuar a distribuir informação: montaram uma agenda com o endereço e o jornal de preferência dos clientes e passaram a entregar os exemplares na casa de cada um.

Há 18 anos, elas vendem o Super, que se tornou um dos carros-chefes da banca. "É um jornal objetivo, popular, com muitas matérias de esporte e passatempos, o pessoal gosta muito. Ele também foi muito importante para democratizar o acesso à informação", diz Letícia. "Temos entregado o Super na casa das pessoas, muitas gostam de ler o jornal todos os dias e sentem falta", conta.

Na banca que comanda no bairro Santa Efigênia, na região Leste da capital, Franklin Soares de Oliveira, 51, vende o jornal Super desde que chegou ali, há quatro anos. "Acho que o formato dele atrai bastante, é um jornal de fácil leitura, as matérias são bem apuradas e sucintas. O preço é um grande atrativo também, o Super quebrou o paradigma de que as pessoas não leem. A maioria não lê por causa do acesso à leitura, que antes era muito mais difícil", pontua. "Mais jovens, mais velhos, todos compram, é um jornal democrático. Até criança usa para fazer trabalho de escola", afirma.

O próprio Franklin gosta de ler o Super todos os dias e já foi até personagem de matérias do jornal. Ele atua na causa de proteção animal e tem uma casa de passagem para os bichos e teve o trabalho divulgado várias vezes, inclusive na semana de lançamento do tabloide, 18 anos atrás. "Espero que essa parceria continue e Oxalá esses tempos que estão por vir tragam boas notícias estampadas no jornal Super. É disso que estamos precisando".