Congonhas

Famílias ficam sem abastecimento de água após contaminação de córrego

Águas foram atingidas por cerca de 15 mil litros de combustíveis após um caminhão tombar na BR-040 nesta quarta-feira (3)

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 04 de setembro de 2014 | 17:22
 
 
Moradores ficaram sem abastecimento de água após o acidente União de Associações Comunitárias de Congonhas / Divulgação

Após uma nascente e um córrego serem atingidos por combustíveis que eram transportados por um caminhão que tombou na tarde de quarta-feira (3), na BR-040, em Congonhas, na região Central do Estado, 11 famílias do bairro Pires ficaram sem abastecimento de água, conforme denúncia feita pela União de Associações Comunitárias da cidade (Unaccon). 

Conforme a associação, o acidente aconteceu por volta das 14h, sendo que 10 mil litros de gasolina e 5 mil de óleo diesel vazaram na pista. Após a retirada do veículo e o Corpo de Bombeiros fazer a lavagem da pista, os materiais teriam atingido a nascente que descarrega no rio Preto, mais conhecido como córrego Goiabeiras.

Com isso, as 11 famílias que usavam o córrego para abastecer suas casas ficaram sem água. Apesar disso, conforme Newton Tito, analista do núcleo de emergência ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), a empresa responsável pelo transporte, Tropical Transportes Ipiranga, já está suprindo o afetados com água mineral e está providenciando um caminhão pipa para atendê-los.

"Estamos acompanhando tudo de perto. A empresa responsável já contratou uma equipe para fazer a limpeza da água e da imediação da área atingida. É um trabalho sem previsão para o término, pois será necessária a remoção de cerca de 2 km de terra contaminada. Além disso teremos que contar com a boa vontade do céu, para que não chova e espalhe essa contaminação", explicou o analista.

A empresa contratada para limpar a área já fez as barreiras na nascente e no curso d'água, para evitar que mais óleo chegue ao córrego. "Quanto terminarem o trabalho, será lavrado um auto de fiscalização e um auto de infração. A multa será calculada quando tudo já estiver resolvido, levando em consideração os atenuantes e os agravantes do acidente", revelou Newton Tito.

A SEMAD acompanhará a limpeza do local. Ainda conforme o analista, nesta sexta-feira (5) será feita a primeira coleta do curso d'água, para saber o tamanho da contaminação.

Em nota, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou que não é responsável pelo abastecimento no bairro, que fica a cargo de uma mina localizada nas proximidades da comunidade, mas que tem auxiliado as famílias com o fornecimento de água por meio de caminhão-pipa, até que o serviço seja normalizado.